Nutrientes

Nutrição em macrominerais para peixes redondos

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Para ler mais conteúdo de nutriNews Brasil 4 Trimestre 2021

Igo G. Guimarães

Doutorado em Zootecnia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Brasil
Igo G. Guimarães

Ludmila L. C. Menezes

Doutoranda em Zootecnia da Universidade Federal de Goiás.
Ludmila L. C. Menezes

Nutrição em macrominerais para peixes redondos

Os peixes redondos são um grupo de peixes nativos que agrupam:
Tambaqui (Colossoma macropomum)
Pirapitinga (Piaractus brachypomus)
Pacu (Piaractus mesopotamicus)
E seus híbridos (Tambacu, Tambatinga, Patinga e Paqui)
O tambaqui tem se destacado na piscicultura nacional, pois é a segunda espécie de peixe mais cultivada desde 2009 em razão de suas características de produção (Figura 1).

Figura 1. Exemplar de tambaqui (Colossoma macropomum)

Assim como o tambaqui, a pirapitinga é nativa das bacias dos rios Orinoco e Amazonas, sendo popularmente conhecida como caranha vermelha. Apesar da pirapitinga ser uma espécie ainda pouco explorada nos sistemas piscícolas brasileiro, é uma espécie difundida em diversos países e em todo território nacional devido a seu bom desempenho e rendimento de filé (Figura 2).

Figura 2. Exemplar de pirapitinga (Piaractus brachypomus)

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Já o pacu é originário da bacia do Prata e conhecido popularmente como pacu-caranha, caranha ou pacu Guaçu. O pacu é um dos peixes neotropicais mais estudados e tem estratégias de cultivo bem estabelecidas (Figura 3).

Figura 3. Exemplar de Pacu (Piaractus mesopotamicus)

Apesar da importância dos peixes redondos na piscicultura nacional, pouco se sabe sobre a nutrição mineral dessas espécies. Grande parte dos estudos estão relacionados a utilização de alimentos alternativos e a determinação da exigência nutricional dos macronutrientes que mais impactam no custo das dietas (proteína, lipídeos e carboidratos).
Assim, a indústria tem utilizado os níveis dos demais nutrientes essenciais de espécies exóticas (como a tilápia) como base para as formulações das rações. Esta prática, no caso específico do tambaqui, tem gerado a suplementação desnecessária de pelo menos um mineral, o fósforo, aumentando o custo da dieta e a excreção de fósforo para o ecossistema aquático.
Os peixes são capazes de absorver grande parte dos minerais do meio aquático (Figura 4).

Figura 4. Mecanismo de aporte e excreção de minerais no organismo dos peixes. Os minerais essenciais podem ser obtidos através da ingestão de alimentos, onde são absorvidos no trato gastrintestinal e a porção indisgestivel é excretadanas fezes ou através de absorção nas brânquias. O excesso de minerais é metabolizado nos rins e excretado via urina.

Assim, a exigência nutricional desses minerais pode ser suprida pela absorção direta na água e/ou através de fontes alimentares (veja as principais fontes de minerais na Tabela 1), principalmente em sistemas de produção extensivo e semi-intensivo.

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Tabela 1. Principais fontes de macrominerais na dieta de peixes

Já nos sistemas intensivos, as necessidades nutricionais são supridas exclusivamente via dieta. Assim, é necessário o conhecimento das exigências nutricionais em minerais específicas para o melhor desempenho e sanidade dos peixes.

MINERAIS

Os minerais são elementos inorgânicos essenciais para que o organismo complete seu ciclo de vida. Eles são classificados de acordo com suas necessidades orgânicas em macro e micro minerais.
Os macros são exigidos em altas quantidades (g kg-1 ou % da dieta), enquanto os micros em pequenas quantidades (mg ou μg por kg da dieta). Aqui, nós iremos abordar especificamente sobre a nutrição em macrominerais para peixes redondos.
Os macrominerais de importância nutricional para vertebrados são:

Fósforo
Magnésio
Potássio
Sódio
Cálcio

Entretanto, do ponto de vista prático, apenas P e Mg são suplementados com fontes específicas na formulação de rações para peixes. Enquanto Ca, P e Mg apresentam-se majoritariamente depositados no tecido ósseo, Na e K encontram-se nos fluídos corporais e tecidos moles.
Entretanto, diferente dos animais terrestres que tem nos ossos o principal órgão para manutenção da homeostase do Ca, P e Mg, os peixes utilizam outras estruturas além dos ossos para o aporte de minerais, como as brânquias e escamas. Porém, as escamas apresentam mobilização mineral mais acelerada que nos ossos.




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