O World Nutrition Forum 2023 trouxe como tema o GENIUS, enfatizando o uso de novas tecnologias para enfrentar os desafios futuros que aguardam a produção animal, dentre elas as enzimas. Neste ano, o evento promovido pela DSM reuniu em Cancún mais de 800 pessoas entre os dias 08 e 10 de maio para discussões e compartilhamento de informações.
A agriNews Brasil conversou com Victor Fascina, Feed Optimization Management Manager da DSM, sobre o papel das enzimas na promoção de uma produção animal mais eficiente e sustentável em aves. Victor explica que as enzimas exógenas otimizam a absorção de nutrientes dos ingredientes, permitindo que uma quantidade menor seja utilizada nas formulações.
Quando uma enzima como a protease é incluída na dieta, ela complementa as enzimas endógenas do organismo animal, favorecendo e aumentando a digestibilidade para cerca de 80 a 90% dos substratos. Desse modo, é possível diminuir a inclusão do farelo de soja, importante ingrediente dentro das formulações, e também diminuir a excreção de aminoácidos para o meio ambiente.
Se considerarmos uma agroindústria que produz, por exemplo, 40 mil toneladas de ração, a economia para essa produção seria de 80 toneladas, ou 800 mil quilos a menos de soja. Essa economia é muito importante, tanto no ciclo de produção quanto para evitar o desperdício na produção animal, tornando-a mais sustentável.
- “Em questão de sustentabilidade o uso destes aditivos contribui na diminuição da emissão de nitrogênio, menor excreção de amônia para o ambiente, e isso é um fator preponderante hoje. Os mercados hoje já têm restrição de inclusão de um volume maior de animais, devido exatamente à poluição ambiental que os dejetos desses animais vão produzir”, explica Victor.
Utilizando-se de menos alimento para produzir a mesma quantidade de produto gera também um apelo econômico aos produtores, que conseguem entender melhor a importância da inclusão desses aditivos na alimentação animal. Victor conta que, hoje, com os altos custos do milho e do farelo de soja, a inclusão de uma protease traz uma economia direta na formulação em torno de R$17,00 a R$ 18,00 por tonelada de ração, número significativo dentro de uma fábrica de ração no final do mês.
Victor finaliza destacando que as proteases estão no mercado relativamente a menos tempo que outras enzimas, como as fitases.
“A DSM como pioneira teve o primeiro lançamento de proteases em 2010! Clique aqui para inserir texto. Começamos a estudar proteases em 2000. Então, temos 23 anos de história de protease e estamos com protease de segunda geração, mostrando pro mercado que cada vez nas dietas hoje você precisa fazer um saving para ter uma produção sustentável”, finaliza ele.
Redação agriNews Brasil