- Aspergillus,
- Penicillium e
- Fusarium.
Atualmente existem cerca de 2000 tipos diferentes de micotoxinas conhecidas, porém na produção animal, as micotoxinas mais relevantes são Aflatoxinas, Fumonisinas, Ocratoxinas, Tricotecenos (DON/T2/TH2/DAS) e Zearalenona.
A contaminação por micotoxinas pode ocorrer em vários estágios da produção de grãos, tais como já no plantio, colheita, transporte, processamento e armazenamento (Tabela 1).
O que elas causam
A ingestão de micotoxinas pelos animais pode desencadear quadros agudos ou crônicos em função das concentrações e periodicidade de ingestão. As lesões podem variar desde uma ligeira diminuição dos parâmetros de produção até culminar com a morte do animal. No entanto, as consequências mais comuns da ingestão de micotoxinas são a imunossupressão e os transtornos reprodutivos.
A seguir, são mencionadas algumas das alterações que podem ser observadas as causas das diferentes micotoxinas.
Contaminações Mistas
As co-contaminações são muito comuns e podem gerar distintos efeitos nos animais como principalmente efeitos sinérgicos ou aditivos. O efeito aditivo ocorre quando o resultado da exposição a duas micotoxinas é maior do que a exposição a cada uma delas individualmente. Tanto DON como Fumonisinas diminuem o número de células caliciformes e a altura das vilosidades intestinais. Mas quando estão juntas, a diminuição em ambos os parâmetros é maior.
Um efeito sinérgico ocorre quando diferentes micotoxinas atuam em diferentes fases do mesmo mecanismo de ação. Por exemplo, T2 aumenta a peroxidação lipídica, causando um aumento na concentração de espécies reativas de oxigênio (ROS), enquanto a Aflatoxina B1, inibe os mecanismos naturais de eliminação de ROS.
Como elas se classificam
As micotoxinas classificam-se em polares e com menor polaridade, de acordo com sua estrutura química. A Aflatoxina B1 e a Fumonisina B1, são as mais polares das micotoxinas e são adsorvidas mais facilmente do que as de menor polaridade. Por sua vez, o peso molecular, a solubilidade, a capacidade de dissociação e as cargas iônicas, também desempenham um papel essencial em sua capacidade de serem adsorvidas.
A maioria dos adsorventes têm demonstrado baixa e/ou nula capacidade para adsorver micotoxinas com menor polaridade, tais como o T2, DON e ZEA. Por sua vez, os inativadores enzimáticos têm demonstrado ser a melhor opção para o controle das micotoxinas de baixa polaridade.
Formas de controle
Assim como há uma grande variedade de micotoxinas, existe uma enorme variedade de métodos de controle. Esses variam desde boas práticas agrícolas, de armazenamento, à produtos enzimáticos com um elevado valor tecnológico. Os adsorventes agem na remoção de micotoxinas no trato digestivo dos animais, uma vez que a adsorção é dependente principalmente da polaridade (carga iônica das moléculas) de cada micotoxina.
Nos últimos anos, o uso de enzimas para a inativação de micotoxinas tornou-se uma ferramenta segura com efeitos sobre uma ampla gama de micotoxinas, principalmente as que possuem baixa polaridade, as quais não são adequadamente controladas por métodos tradicionais. Esse mecanismo onde as enzimas são capazes de metabolizar as micotoxinas é chamado de detoxificação, biotransformação ou inativação enzimática.
Conclusões
Conhecer as características das micotoxinas é fundamental para a escolha da correta ferramenta para controle. Tendo as enzimas um amplo espectro de ação, eficácia e não possuir efeitos colaterais, os inativadores enzimáticos tem se tornado a melhor ferramenta para controle das principais micotoxinas de importância na suinocultura mundial.