1 A Síndrome de Inflamação e Necrose Suína (SINS) é uma síndrome recentemente identificada em suínos que pode afetar diferentes partes das extremidades em leitões lactantes.
Enfrentando o desafio das micotoxinas para garantir o desempenho
Para garantir o máximo desempenho em nossos suínos modernos, é fundamental aumentar sua resiliência natural. Isso envolve focar em três áreas: garantir a segurança e a qualidade da ração, lidar com os desafios ambientais e otimizar a função intestinal dos animais.
Este artigo se concentrará na segurança alimentar, pois, apesar da melhoria das práticas agrícolas e de fabricação, a contaminação por micotoxinas na dieta dos suínos não pode ser completamente evitada. Como os suínos são muito sensíveis às micotoxinas, a Adisseo desenvolveu soluções para enfrentar esses desafios.
Micotoxinas, toxinas produzidas naturalmente por fungos, são comumente encontradas em muitos produtos agrícolas, principalmente no milho, cereais, soja e seus subprodutos. Devido ao alto consumo desses ingredientes, os suínos são frequentemente expostos a essas toxinas.
As micotoxinas podem causar sintomas clínicos, como infertilidade em matrizes, redução da ingestão de ração em leitões e suínos em crescimento, SINS1 em leitões e comportamento agressivo. Além disso, na maioria das vezes encontramos níveis subclínicos que podem prejudicar a saúde do animal sem apresentar quadros clínicos evidentes. Tanto os sintomas clínicos quanto os subclínicos impactam significativamente o desempenho e a saúde dos animais, assim como o resultado econômico.
1 A Síndrome de Inflamação e Necrose Suína (SINS) é uma síndrome recentemente identificada em suínos que pode afetar diferentes partes das extremidades em leitões lactantes.
IMPACTO NEGATIVO NO INTESTINO E NA IMUNIDADE
Impacto no intestino
As micotoxinas representam ameaças adicionais à saúde dos suínos. O intestino, que atua como a primeira linha de defesa contra patógenos e micotoxinas, é particularmente vulnerável aos seus efeitos nocivos. As micotoxinas danificam a barreira física intestinal, comprometendo as células epiteliais e as uniões estreitas (tight junctions) entre elas. Elas também afetam a camada protetora de muco ao reduzir a secreção de mucina.
Além disso, as micotoxinas prejudicam a microbiota digestiva, pois inibem o crescimento e a função de microrganismos benéficos, ao mesmo tempo em que podem promover a proliferação de microrganismos nocivos. Esses danos levam a alterações na composição da microbiota, reduzindo sua diversidade geral e alterando sua funcionalidade.
Micotoxinas específicas, como o desoxinivalenol (DON) e as fumonisinas, são particularmente prejudiciais para o epitélio intestinal e o equilíbrio da microbiota.
O comprometimento da microbiota e da barreira intestinal causado pelas micotoxinas pode resultar em um ‘intestino permeável‘, o qual permite que bactérias se desloquem do intestino para a corrente sanguínea e outras partes do corpo, como órgãos e tecidos.
Essa translocação bacteriana desencadeia respostas imunológicas e pode resultar em várias doenças inflamatórias. Ela aumenta a suscetibilidade do animal a infecções e distúrbios respiratórios, como Streptococcus suis e E. coli.
Impacto na imunidade
As micotoxinas, particularmente a aflatoxina B1, as fumonisinas, o DON e a T-2, também afetam o sistema imunológico. Dependendo do tipo e da concentração da micotoxina, elas podem ter efeitos imunoestimulantes ou imunossupressores.
O sistema imunológico é crucial para a defesa contra patógenos invasores, e a ingestão de ração contaminada com essas micotoxinas aumenta a suscetibilidade a doenças infecciosas e reduz a eficácia de vacinas, por exemplo. Também afetam a função hepática, responsável pela eliminação desses compostos tóxicos, prejudicando ainda mais as funções imunológicas e metabólicas.
COMBATENDO O PROBLEMA DAS MICOTOXINAS
Existem duas maneiras práticas de combater o problema das micotoxinas. Primeiramente, as matérias-primas devem ser amplamente monitoradas. Em segundo lugar, deve-se aplicar um inativador de micotoxinas adequado às dietas.
A Adisseo oferece uma solução comprovada com proteção máxima contra os efeitos negativos dessas substâncias, através de mecanismos de ação que tornam o animal mais resiliente aos desafios das micotoxinas: Unike® Plus. |
O efeito do Unike® Plus vai além da adsorção promovida pelas argilas presentes em sua composição. Este inativador de micotoxinas também contém componentes que promovem a proteção de órgãos como fígado, rins e intestino, estimulam a imunidade e apoiam o sistema antioxidante em caso de exposição a micotoxinas, mesmo nos animais mais sensíveis. Ele atua contra o mais amplo espectro de micotoxinas, melhorando a fertilidade e o desempenho geral.
Neutralizando o DON em leitões
Entre os animais domésticos, os suínos são os mais suscetíveis ao DON. Esta micotoxina pode reduzir a ingestão de alimentos, prejudicar o desempenho zootécnico, desencadear respostas pró-inflamatórias e imunológicas e até causar vômito quando em altas concentrações nas dietas.
Devido à pequena estrutura química e baixa polaridade do DON, tem sido um grande desafio encontrar substâncias que possam neutralizar efetivamente a sua toxicidade. Unike® Plus tem efeito comprovado, reduzindo o efeito de DON e garantindo o desempenho ótimo dos suínos.
Adisseo realizou um experimento científico com trinta e seis leitões desmamados com 27 dias de idade (±8,2 kg). Eles foram distribuídos em 3 tratamentos:
• Controle negativo,
• Controle positivo (CP), ou seja, uma dieta contaminada com 2 mg de DON/kg de ração,
• Dieta CP suplementada com Unike® Plus.
Os resultados demonstraram que Unike® Plus de fato ameniza os efeitos da toxina, melhorando o desempenho zootécnico de leitões desafiados com DON. Na figura 1, é possível observar uma recuperação da eficiência alimentar quando o Unike® Plus é adicionado à dieta dos animais desafiados, devido à melhoria da relação ganho de peso e consumo de ração.
Figura 1 – Desempenho de leitões desmamados aos 27 dias alimentados com dieta controle, dieta contaminada com DON (controle positivo, CP) ou dieta contaminada suplementada com Unike® Plus (dados internos).
Suporte ao crescimento durante um desafio por micotoxinas
Durante outro experimento realizado nos EUA, leitões desmamados foram desafiados com uma combinação de aflatoxina B1, DON e fumonisinas para imitar a situação prática.
Como esperado, as micotoxinas influenciaram significativamente o ganho de peso diário (GPD) e a conversão alimentar (CA) dos leitões durante as 6 semanas após o desmame (Figura 2). Houve uma melhora em ambos os parâmetros com Unike® Plus, enquanto o Produto B foi relativamente ineficaz.
Figura 2 – Ganho de peso diário e conversão alimentar em leitões desafiados com micotoxinas e tratados com dois diferentes inativadores de micotoxinas. a-b Médias diferem entre si (p < 0,10). Dados internos.
Os resultados também mostram que a contaminação da ração por micotoxinas causa danos aos órgãos (fato demonstrado pelo peso e cor do fígado e hiperplasia dos ductos biliares) e uma reação imunológica aumentada (níveis plasmáticos de IgG mais altos).
Embora ambos os suplementos utilizados neste experimento tenham reduzido os efeitos das micotoxinas sobre os órgãos e o sistema imunológico em comparação ao controle, a redução dos efeitos negativos foi significativamente maior com o uso de Unike® Plus (Tabela 1).
Tabela 1 – Níveis plasmáticos de IgG e características do fígado de leitões desafiados com micotoxinas e tratados com dois diferentes inativadores de micotoxinas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Micotoxinas prejudicam significativamente a saúde e o desempenho dos suínos.
Estratégias de manejo eficazes, como o monitoramento de matérias-primas e uso de inativadores como o Unike® Plus, são cruciais para garantir a saúde do animal.
Experimentos científicos mostram que, graças às suas características únicas, o Unike® Plus melhora o crescimento, potencializa a resposta imunológica e mitiga os efeitos das micotoxinas como o DON. Essas medidas ajudam a aumentar a resiliência natural dos suínos modernos e garantem melhores retornos econômicos para os produtores.
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