Estamos há vários meses experimentando coletivamente situações que nos tiram da zona de conforto e nos obrigam a nos adaptarmos a uma nova realidade frente à pandemia que a COVID-19 nos trouxe, e essa disrupção terá efeitos não apenas na maneira como agimos, mas também impactará a cadeia de fornecimento da indústria de alimentação animal em graus variados.
As interrupções na cadeia de suprimentos, que já são uma verdade para algumas matérias-primas e insumos, levam a ajustes que os fornecedores serão obrigados a fazer e é nesse momento que aumenta o risco de fraude.
Os ataques relacionados à defesa dos alimentos – feed defense – também estão se tornando cada vez maiscomuns à medida que há um aumento do interesse de grupos extremistas que discordam da produção animal para a transformação em alimentos, assim como colaboradores insatisfeitos das próprias empresas ou mesmo por parte de terceiros. Cyber ataques também vêm ganhando destaque já que dependemos cada vez mais da tecnologia.
Segundo o Food and Drug Administration (FDA), “atos de adulteração intencional podem assumir várias formas:
atos que visam causar danos à saúde pública em larga escala,
atos de terrorismo com foco no abastecimento de alimentos,
atos de funcionários descontentes, consumidores ou concorrentes,
adulteração com motivação
econômica (EMA)”.
Esse conceito aborda tanto a parte de defesa quanto a de fraude dos alimentos, sendo que a principal diferença entre elas é a motivação.
Embora ambas possam causar problemas de saúde tanto nos animais quanto em humanos e ter impactos econômicos, é importante determinar se a motivação foi ideológica ou se foi para um ganho econômico.
A defesa dos alimentos é a proteção de produtos alimentícios contra contaminação ou adulteração, com oobjetivo de causar danos à saúde pública ou perturbações econômicas (USDA), e pode ocorrer em qualquer ponto da cadeia de alimentos.
Um sinônimo para defesa dos alimentos é terrorismo alimentar, conforme a World Health Organization (WHO), a qual acrescenta como potenciais efeitos impactos sobre a estabilidade política e social dos países.
Conforme o Global Food Safety Initiative (GFSI) fraude alimentar é uma forma de enganar os consumidores ao usarem produtos alimentares, ingredientes e embalagens para obter ganhos econômicos. É importante salientar que a fraude pode ser realizada em qualquer elo da cadeia de suprimentos.
Podemos apontar os seguintes benefícios da implantação de um programa de feed f...