O Ministério da Agricultura e Pecuária comunicou que pelo menos 222 cavalos, distribuídos em cinco estados brasileiros, morreram recentemente após suspeita de ingestão de rações produzidas por uma única fabricante. A Fiscalização Federal Agropecuária deu início às investigações em 26 de maio, após receber a primeira notificação formal sobre essas ocorrências, encaminhada por meio da Ouvidoria oficial do Ministério.
Os registros apontam que, no estado de São Paulo, foram identificados 83 casos; no Rio de Janeiro, 69; em Alagoas, 65; Goiás contabilizou 4 mortes e Minas Gerais, 1. Atualmente, o ministério também apura relatos de novos óbitos, embora enfrente obstáculos relevantes devido à falta de registros oficiais feitos via Ouvidoria, canal indicado para denúncias formais e acompanhamento das investigações.
Outro fator que tem dificultado o trabalho é a evolução clínica dos equinos, caracterizada por insuficiência hepática e agravamento súbito do quadro, o que torna a estimativa exata do número de mortes um processo bastante complexo.
Em ações de fiscalização realizadas no único estabelecimento da empresa responsável pela fabricação das rações suspeitas, foram encontradas irregularidades que resultaram na suspensão cautelar da produção de todos os produtos, incluindo alimentos destinados a equinos e também a ruminantes.
Além da interdição da fabricação, o Ministério determinou a suspensão da comercialização de todas as rações elaboradas pela mesma fabricante, de forma preventiva, com o objetivo de evitar novos casos e proteger a saúde animal.
A empresa questionou as medidas adotadas por meio de um mandado de segurança apresentado ao Poder Judiciário, enquanto o Ministério já encaminhou esclarecimentos ao processo. Até o momento, a decisão judicial ainda não foi proferida.
Em nota oficial, o Ministério da Agricultura e Pecuária reforçou seu compromisso permanente com a proteção da sanidade animal e com a segurança da cadeia produtiva agropecuária nacional.
Informações e denúncias relacionadas ao caso devem ser enviadas exclusivamente por meio da Ouvidoria, disponível no endereço eletrônico gov.br/ouvidorias.
Com informações: Agência Brasil