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Óxido de Zinco: altos níveis podem ser prejudiciais à saúde de leitões

Escrito por: Danyel Bueno Dalto - Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Especialista em Agronegócios pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestrado em Ciência Animal, com ênfase em nutrição de suínos (leitões desmamados), pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Doutorado em Ciência Animal, com ênfase em nutrição de suínos (matrizes gestantes), pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) / Agriculture and Agri-Food Canada. Pós-doutorado com ênfase em nutrição mineral e vitamínica para suínos, realizado no instituto de pesquisa Agriculture and Agrifood Canada (AAFC). Área de atuação: produção de suínos, nutrição de suínos, minerais e vitaminas. , J. Jacques Matte - Pesquisador científico honorário da Agriculture and Agri-Food Canada Agriculture and Agri-Food Canada, Sherbrooke Research and Development Centre, Sherbrooke, Quebec, Canada , Jérôme Lapointe - Pesquisador científico honorário da Agriculture and Agri-Food Canada Projetos de pesquisas em saúde, produtividade e longevidade de animais, mais especificamente de suínos.
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Altos níveis de óxido de zinco na ração alteram o metabolismo e dos minerais traços e podem ser prejudiciais à saúde dos leitões desmamados 

O óxido de zinco é comumente utilizado como promotor de crescimento e alternativa ao uso de antibióticos para prevenir a ocorrência de diarreia no pós-desmame.

Apesar do NRC (2012) recomendar 80-100 mg/kg de zinco para leitões de 7-25 kg, a indústria suinícola ao redor do mundo usa níveis de até 3000 mg/kg de zinco durante as primeiras semanas pós-desmame (Dalto e Silva, 2020; Yang et al., 2021, Faccin, et al., 2023).

Esses nutrientes são essenciais na nutrição de suínos, mas o uso de níveis elevados tem sido questionado devido à problemas ambientais e de saúde pública (resistência antimicrobiana), o que levou países Europeus à restringirem o uso de doses supranutricionais de zinco na dieta de suínos desde 2022.

No entanto, ainda existe pouco conhecimento sobre as interações entre o metabolismo do zinco com o de outros minerais traços em diferentes órgãos, o que dificulta o desenvolvimento de novas estratégias nutricionais visando a substituição de altos níveis de óxido de zinco sem comprometer a saúde dos leitões.

 

Por exemplo, altos níveis de zinco na ração podem induzir anemia e reduzir as concentrações teciduais de ferro (Fe) em outras espécies (Yanagisawa et al., 2009; Hachisuka et al., 2021). Embora os mecanismos que controlam essa interação entre zinco e ferro não sejam muito conhecidos, existem indícios de efeitos indiretos do zinco através de alterações no metabolismo do cobre (Jeng and Chen, 2022).

Um estudo recente do nosso laboratório (Galiot et al., 2018) mostrou que os níveis séricos e hepáticos de cobre diminuíram (20% e 76%, respectivamente) duas semanas após o desmame em leitões alimentados com 130 mg/kg de cobre. Foi hipotetizado que essa diminuição no status de cobre foi desencadeada pelos altos níveis de óxido de zinco na ração de pós-desmame.

Portanto, dois estudos foram realizados para compreender melhor as consequências biológicas do aumento dos níveis alimentares de óxido de zinco e de diferentes taxas entre zinco/cobre na ração sobre a regulação de minerais traço (Zn, Cu e Fe) em leitões desmamados.

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