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Ração animal a partir de DDG deve dobrar produção nas próximas cinco safras

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As plantas de etanol de milho no país devem produzir neste ano cerca de 3 milhões de toneladas de DDG, extraídos a partir do processamento do grão para produtos de nutrição animal. As fibras dão origem a diferentes produtos, que geram suplementos nutricionais para bovino, suíno e avicultura, dentre outras.

De acordo com o gerente de Produção e Desenvolvimento de uma das principais indústrias de etanol de milho do país, as indústrias do setor estimam que a produção salte para sete milhões na safra 2029/30.

Com duas plantas em Mato Grosso, uma em Nova Mutum e outra em Sinop, além de outras quatro em outros estados, a empresa é a única exportadora de DDG entre as indústrias de etanol de milho no país.

Líder de pesquisa da DATAGRO Pecuária, João Otávio Figueiredo diz que a cadeia integrada garante maior segurança no fornecimento da suplementação.

“O pecuarista vai intensificar sua produção à medida que este custo feche. O grande desafio que se tinha na intensificação do boi no Brasil era uma entrega de suplemento, de matéria-prima, com suplementos interessantes, e hoje, com a cadeia integrada com etanol de milho, você consegue ter uma garantia de suplemento, porque a usina vai moer”, destaca.

Flávio Augusto Portela, engenheiro agrônomo da ESALQ/USP, que lidera estudos na área financiados pela iniciativa privada, disse que o DDG tem valor energético muito maior do que as dietas convencionais, especialmente no caso de confinamento.

“Os resultados que temos em Piracicaba/SP são consistentes em mostrar, de forma muito contundente, que estes coprodutos, seja fibras úmidas, as fibras secas e o DDGS, contam com valor energético mais alto do que milho e farelo de soja, milho e caroço de algodão, milho e farelo de algodão, todas estas combinações muito comuns nas dietas convencionais de confinamentos”.

Fonte: O Documento

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