Para ler mais conteúdo de nutriNews Brasil 2 Trimestre 2021
Conheça os benefícios dos aditivos fitogênicos para melhorar a eficiência alimentar de vacas leiteiras
INTRODUÇÃO
A produção de leite deve enfrentar vários desafios para os próximos anos. Dentre eles, é possível destacar as reduções na emissão de amônia, metano e no uso de antibióticos. Por outro lado, estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de melhorar os cuidados em relação ao bem-estar dos animais, uma vez que têm influência direta na qualidade da carne e leite de ruminantes.
Diante desses desafios, o uso de antibióticos tem sido um dos temas mais questionados na produção animal. Essa preocupação crescente ao longo dos anos é atribuída a possível
contribuição desses compostos com a produção de resíduos ou resistência bacteriana, o que pode representar risco à saúde humana (Vendramini et al., 2016; Santos et al., 2019).
Dessa forma, nos últimos anos, estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de explorar métodos alternativos que promovam modificações favoráveis no metabolismo ruminal com a finalidade de melhorar a eficiência alimentar e a produtividade animal.
Apesar dos benefícios descritos do uso de antibióticos na produtividade animal, tanto em relação ao crescimento e eficiência alimentar em ruminantes e animais monogástricos, com o passar dos anos, tem sido considerado uma preocupação e risco à saúde humana pela União Europeia.
Diante disso, através desse órgão foi introduzida uma recente legislação (Regulamento 1831/2003/CE) com o objetivo de proibir o uso cotidiano de promotores de crescimento na alimentação animal.
Extratos de plantas contém uma grande variedade de compostos orgânicos, como os óleos essenciais, que segundo descrito na literatura científica apresentam propriedades e atividades antimicrobianas que os tornam alternativas potenciais em substituição aos antibióticos na manipulação da atividade microbiana no ambiente ruminal (Rhodes, 1996).
Diante disso, ao longo dos últimos anos, estudos têm sido realizados com o objetivo de avaliar a suplementação de extratos de plantas em dietas para vacas leiteiras, com resultados variáveis possivelmente devido à variabilidade da natureza dos compostos químicos presentes nestes extratos.
Os óleos essenciais podem ser encontrados em diferentes partes das plantas, incluindo o caule, pétalas, flores, folhas, frutos.
Apesar disso, as concentrações desses compostos dentro das plantas podem ser influenciadas por diferentes fatores tais como o estádio de desenvolvimento da planta, ou fatores ambientais como incidência de luz, temperatura.
Apesar da variação das concentrações de óleos essenciais dentro das plantas, diversas análises possibilitam a determinação do teor de moléculas ativas nos ingredientes, de forma a ter uma boa repetibilidade da eficácia desses aditivos.
O uso de pós e extratos vegetais padronizados em moléculas ativas define um aditivo fitogênico.
Sendo assim, vários fitoquímicos bioativos podem ser usados como potenciais alternativas “naturais” aos aditivos “químicos” para favorecer a modulação da fermentação ruminal e do desempenho animal.
OS ÓLEOS ESSENCIAIS (OE)
Apresentam uma grande variedade de ação antimicrobiana, embora seja descrito efeito mais potente nas bactérias Gram-positivas em comparação às Gram-negativas.
Além disso, fungos, protozoários e vírus também podem ter seu desenvolvimento comprometido através dos mesmos efeitos biológicos que os OE causam nas populações bacterianas no ambiente ruminal.
Conforme relatado por Calsamiglia et al. (2007), os OE além de terem o potencial de modificarem os parâmetros de fermentação ruminal, a depender da dose utilizada podem também promover mudanças no metabolismo ruminal do nitrogênio (N) e diminuir a degradação proteica ou a produção de amônia no rúmen.
Dessa forma, a inclusão de OE nos sistemas produtivos está associada com efeitos benéficos, pois permitem o melhor aproveitamento de N das dietas resultando na diminuição dos custos com alimentação.
Além disso, exercem efeito benéfico no metabolismo proteico dos animais pois podem reduzir a excreção de N e, consequentemente, diminuir a poluição ambiental associada com a produção de ureia e amônia.
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