Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), para 2100 se projeta que a população do planeta seja de 10.9 Bilhões de habitantes. E para dar conta de tamanho crescimento, a indústria da nutrição animal se prepara para operar com mais inovação, segurança e transparência.
Focada nesse grande desafio do setor, a FeedLatina (Associação das Indústrias de Alimentação Animal da América Latina e Caribe) realizou, no dia 27 de agosto, o I workshop Latino-americano de Assuntos Regulatórios de Nutrição Animal, na cidade de São Paulo, Brasil.
Roberto Bentancourt, representante do Sindirações, explicou os desafios da indústria da nutrição na América Latina e no mundo e considerou que os oficiais de regulação e as empresas devem pensar no desafio de alimentar a população em crescimento constante e buscar soluções regulatórias que sejam capazes de garantir uma alimentação de qualidade para um grupo populacional de baixa renda.
O evento contou também com a palestra de Daniel Bercovici, presidente do IFIF (International Feed Federation) que falou sobre biossegurançae a importância do trabalho transparente entre os países para gerar confiança e fomentar o crescimento do setor.
Representante do Brasil, Dra. Fernanda Tucci, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), explicou a nova estrutura do DIPOA (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), que foi pensada para integrar a alimentação animal como pilar da estrutura, com o objetivo de ter uma organização que gere melhores resultados.
Levando em conta a projeção da ONU – para o ano de 2.100 estima-se uma população de 10.9 bilhões de habitantes -, além dos desafios do crescimento populacional, existem os desafios sanitários cada vez maiores. Sobre isso, Cícero Perez da Cruz, da DuPont falou sobre a responsabilidade da indústria de alimentos em melhorar os processos de nutrição e explicou o conceito de Nutribiosis, que é o aproveitamento total de todos os componentes que existem atualmente na indústria.
Em cada conferência, os representantes explicaram os processos de importação, exportação e registro de produtos de origem animal em cada país. Ainda exemplificaram alguns projetos que estão sendo desenvolvidos na região, como no caso do Paraguai que, graças aos baixos custos operacionais do país, está criando um centro de produção para exportar matérias primas para o Brasil.
Todos os palestrantes mencionaram a necessidade do controle sanitário e a importância do foco em inovaçãocom o objetivo principal de atender as demandas dos consumidores.
“Estamos muito contentes com a realização desse workshop. A FeedLatina busca ser a interlocutora entre países na América Latina e Caribe na área de nutrição animal integrando cada vez mais o setor público e privado visando o desenvolvimento e a harmonização de toda cadeia produtiva “, afirmou Azpiroz.
Desde maio de 2019 a FeedLatina criou quatro grupos de trabalho dentro da associação com o objetivo de fortalecer ainda mais a entidade, o comitê técnico, o de Assuntos Regulatórios, o de Comunicação e de Estratégias.
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