Aditivos

Ácido Butírico: alternativa nutricional aos antibióticos na nutrição de frango

PDF

Para ler mais conteúdo de nutriNews Brasil 4 Trimestre 2021

Bárbara Fernanda da Silva Barbosa

Mestre em Ciência e Tecnologia Animal da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).
Bárbara Fernanda da Silva Barbosa

Valquíria Cação Cruz-Polycarpo

Doutorado em Nutrição e Alimentação Animal pela UNESP
Valquíria Cação Cruz-Polycarpo
banner especial SIAVS 2024

Ácido Butírico: uma estratégia nutricional em alternativa aos antibióticos na nutrição de frangos de corte

A preocupação com a segurança alimentar, assim como o impacto de resíduos químicos dos alimentos na saúde humana tem aumentado gradativamente nos últimos anos fazendo com que a indústria de produção animal busque soluções significativas e sofra grandes transformações.

Somado a isso, devido à restrição dos antibióticos em 2006 pela União Européia, houve a necessidade de se buscar alternativas que possam substituí-los (Widiastuti et al., 2019).

O ácido butírico é um dos aditivos zootécnicos mais utilizados nas dietas para frangos de corte, estando envolvido no:

desenvolvimento dos tecidos da parede intestinal;

modulação da microbiota intestinal;

além de contribuir com a melhora da imunidade (Dauksiene et al., 2021).

 

Segundo Sengupta et al. (2006), o ácido butírico tem efeito direto na proliferação, maturação e diferenciação das células da mucosa, porque pode influenciar a expressão gênica e a síntese proteica, além do crescimento das alturas das vilosidades, fazendo com que haja aumento da superfície de absorção no intestino delgado e a otimização da utilização dos nutrientes.

Ácido butírico Trata-se de um dos aditivos alimentares mais eficazes a serem utilizados na nutrição animal já que promove melhora da saúde intestinal resultando na absorção de mais nutrientes por todo o trato gastrintestinal, sendo utilizado como fonte de energia para os enterócitos, células absortivas presentes no intestino. Além disso, diminui os efeitos das perdas causadas por estresse ou doenças que acometem os animais (Imran et al., 2018; Balta et al., 2021).
Ácido butírico
Os ácidos graxos de cadeia curta, como o ácido butírico, são rapidamente absorvidos e metabolizados pelas células da mucosa.

Desse modo, quando as aves ingerem a dieta, sua absorção e metabolização inicia-se na mucosa do papo podendo continuar ao decorrer de todo trato gastrintestinal, limitando a quantidade de ácido butírico que chega ao intestino delgado, restringindo seu uso prático na produção animal (Kaczmarek et al., 2016).

A técnica do microencapsulamento foi desenvolvida para melhorar a proteção, a biodisponibilidade e a liberação controlada do ácido no organismo do animal.

Pois, grande parte do ácido fornecido é dissociado e absorvido antes mesmo de chegar ao intestino, prejudicando a eficácia deste ao longo do trato gastrintestinal que tem valores de pH mais alcalino.

Com a finalidade de promover a liberação lenta e contínua do ácido ao longo do trato digestório foi desenvolvida a técnica do microencapsulamento na qual pequenas partículas ou gotículas são cercadas por uma película constituída de carboidratos, celuloses, lipídios ou proteínas, formando pequenas cápsulas esféricas de parede uniforme (Jyothi Sri et al., 2012).

Resultando assim, na liberação lenta, após a ingestão pela ave, de modo que o ácido atinja o trato intestinal e os cecos sem ter sido dissociado nos órgãos anteriores sendo melhor absorvido

(Van Immerseel et al., 2003). 

 

O butirato de sódio (BS) é um ácido graxo de cadeia curta formado após o ácido butírico ser quelatado pelo mineral sódio (Na+2), e sua fórmula molecular é C₄H₇O₂Na. Por ser mais estável, possuir odor menos intenso, e proporcionar efeitos positivos no desempenho e na integridade intestinal, é o mais utilizado em dietas para frangos de corte (Jiang et al., 2015; Lan et al., 2020).Ácido butírico

Levando em consideração a multifuncionalidade e alta eficiência, o butirato de sódio é uma estratégia para melhorar a produção e saúde avícola (Miao et al., 2021).




PARA SEGUIR LENDO REGISTRE-SE É TOTALMENTE GRATUITO


Acesso a artigos em PDF
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital




CADASTRO




ENTRE EM
SUA CONTA








ENTRAR


Perdeu a senha?




SE UNA A NOSSA COMUNIDADE NUTRICIONAL

Acesso a artigos em PDF
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital

DESCUBRA
AgriFM - O podcast do sector pecuário em espanhol
agriCalendar - O calendário de eventos do mundo agropecuárioagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formação para o setor pecuário.