Comissão de suinocultura debate bioinsumos e prepara ações para o setor | Pesquisadores apresentaram como dejetos podem ser utilizados como biofertilizantes e na geração de energia nas propriedades rurais
Comissão de suinocultura debate bioinsumos e prepara ações para o setor | Pesquisadores apresentaram como dejetos podem ser utilizados como biofertilizantes e na geração de energia nas propriedades rurais
Em sua primeira reunião deste ano – realizada nesta segunda-feira (17) –, a Comissão Técnica de Suinocultura da FAEP deu ênfase à utilização de bioinsumos na atividade. Esses produtos de origem biológica podem ser usados como fertilizantes e na geração de energia, tornando a produção mais sustentável e reduzindo custos de produção. O encontro também serviu para que os membros estruturassem ações para 2025.
Em sua apresentação, os pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, Juliano Correa e Estela Nunes, definiram bioinsumos como “produtos total ou parcialmente derivado de materiais de origem biológica”.
Eles podem se subdividir produtos de controle biológico, insumos para uso animal e biofertilizantes, em diversas etapas dos processos produtivos. No caso da suinocultura, os dejetos dos animais tem sido utilizados, principalmente, como biofertilizantes e como matéria-prima para a geração de energia – através de biodigestores.
Os pesquisadores da Embrapa apresentaram uma projeção, que aponta que um produtor que mantenha 500 animais em sua propriedade pode obter R$ 12,7 mil com a utilização dos dejetos gerados pelos animais como biofertilizantes. Os dejetos de suínos são ricos em nitrogênio, fósforo e potássio, além de conterem matéria orgânica e microrganismos benéficos ao solo. Os especialistas também exibiram fotos de lavouras e pastagens desenvolvidas a partir do uso de biofertilizantes da suinocultura.
A discussão sobre o aproveitamento dos dejetos tem relação direta com o avanço da atividade no país. A produção nacional de suínos saltou de 500 mil toneladas, em 1970, para 4,5 milhões de toneladas no ano passado. No mesmo período, as exportações saltaram de 2 mil para 1 milhão de toneladas. Só em 2023, os embarques internacionais de carne suína tiveram um aumento de 38% em relação ao ano anterior.
Outros temas
A comissão técnica também começou a estruturar ações para 2025. Ao longo da reunião, o regimento interno do colegiado foi apresentado aos novos membros. Os participantes também apontaram temas de interesse, que devem ser abordados durante este ano. Na sequência, o grupo deve definir o calendário de reuniões, com os temas técnicos e administrativos a serem debatidos.
“Sabemos o quanto é difícil cada um de nós dispor de um tempo na nossa propriedade, mas essas reuniões são importantes para estruturarmos nossas ações. A participação é muito importante para seguirmos mais fortes”, definiu a presidente da comissão, Deborah de Geus.
Coordenação de Comunicação Social | Sistema FAEP
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