25 Apr 2023
Condição corporal é decisiva na recuperação das vacas no pós-parto
Vacas não obesas se recuperam melhor no pós-parto. Monitorar a condição corporal das vacas na reta final da gestação é fundamental para uma boa saúde dos animais após o parto, apontou estudo da PUCPR
Evitar a obesidade nas vacas no último terço da gestação é essencial para que se tenha animais saudáveis tanto na reta final da gravidez quanto no pós-parto. Ainda que pareça contraditório, vacas que 60 dias antes do parto se encontram obesas perdem muito peso até o nascimento dos filhotes, o que é danoso para a saúde dos ruminantes. Foi o que concluiu estudo conduzido pelo professor Ruã Darós, do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal (PPGCA) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), com pesquisadores do Canadá.
“Perder condição corporal nos dois últimos meses de gestação é prejudicial à saúde das vacas. Vacas que estão muito obesas nesse período perdem bastante peso até o parto, independentemente do quanto elas comam por dia. De nada adianta, portanto, tentar alimentá-las mais. Vacas não obesas são capazes de manter o peso ideal até a data do parto, o que explica melhor sua saúde após dar à luz. Assim, para termos vacas mais saudáveis no período pós-parto, precisamos evitar que elas fiquem obesas no terço final da gestação”, afirma Darós, lembrando que a gravidez das vacas varia de 280 a 290 dias, tendo uma base de nove meses.
O pesquisador da PUCPR explica que a alteração da condição corporal das vacas durante o chamado período seco, que compreende os dois últimos meses de gestação, é associada a diversas doenças no período de transição, que se refere ao intervalo que vai das três semanas que antecedem o parto às três semanas após o animal parir. Por isso, é fundamental se atentar à saúde dos animais nesses momentos específicos.