O problema da qualidade de carcaça em frangos de corte é tão antigo quanto os centros de produção, sendo cada época marcada por diferentes problemas.
Não é simples solucionar, via nutricional, problemas que têm um forte componente de:
Manejo – Pododermatites
Genético e ambiental – Miopatias
Em qualquer caso – e fazendo boa a premissa de que qualquer coisa que ocorra, o primeiro diga-o ao nutricionista, para ver se ele o corrige -, há algumas coisas que podem ajudar em ambas situações.
Mais além do evidente de reduzir densidades, ou empregar material
de cama de qualidade, ou manter a umidade da instalação controlada, pode passar por melhorar a digestibilidade do alimento proporcionado aos frangos.
Dietas mais digestíveis, possivelmente, reduzirão a presença de água, proteína e gordura em fezes, moderando o risco de presença de lesões podais
Quanto aos problemas de peito, os últimos trabalhos indicam que a modulação da velocidade de crescimento dos frangos pode ajudar a reduzir seu efeito.
Considera-se que, uma elevada taxa de crescimento nos períodos intermediários da vida dos animais, é um dos fatores de risco mais significativos destes problemas.
Para combinar a melhora da digestibilidade da dieta, com a redução do ganho de peso, é possível considerar a modificação da forma física do alimento.
Independentemente dos efeitos que o uso de dietas de frangos em forma de grânulo, ou de farinha, tem sobre o resultado técnico – o que foi suficientemente considerado em muitos e diferentes fóruns (e que não vamos valorizar agora, com o objetivo de não alongar desnecessariamente este artigo) podemos considerar outros possíveis efeitos do emprego de dietas de granulometria diferente.
Sabemos que as pododermatites são reduzidas, de forma considerável, ante o emprego de dietas com trigo inteiro misturado com a ração. E sabemos que isto se deve a uma notável melhora da digestibilidade da dieta associada ao tamanho de partícula e, por extensão, ao peso da moela.
Infelizmente, o trigo misturado com a ração pode reduzir a velocidade de crescimento, mas por vezes o aumenta. E, por isso, este sistema acaba por não servir pra o caso das miopatias. Diante das miopatias, diferentes autores, e a experiência prática, indicam que reduzir levemente a velocidade de crescimento dos animais parece ter um certo efeito sobre estes problemas. Mesmo que ainda falte muito a ser verificado ...