A dieta de suínos e aves tem sido submetida a incrementos tecnológicos durante sua elaboração (fabricação). A razão disso, é o fato de que aves e suínos, em vista das particularidades de seu sistema digestório e seu alto potencial de crescimento, respondem de forma muito significativa a aspectos como granulometria de matérias primas e forma física da dieta final.
Assim, uma correta moagem dos ingredientes (DGM – diâmetro geométrico médio) e um percentual o mais elevado possível de peletes inteiros (PDI – índice de durabilidade de peletes) são cuidados ou condições de grande valia para a máxima resposta econômica às dietas consumidas.
Entretanto, essas duas espécies (aves e suínos) respondem de forma particular a estes parâmetros, e a condição ideal para aves não é necessariamente a melhor condição para suínos e vice-versa. Isso é muito importante, haja vista, que muitas vezes, fábricas de alimentos produzem alimentos para ambas espécies, nas mesmas linhas de produção. Dessa forma, o operador precisa estar muito atento, pois a configuração dos parâmetros de produção é muito específica e não é possível atender ambas espécies com parâmetros médios, pois não atenderá nem a uma e nem a outra necessidade.
No caso de suínos, a moagem e consequente tamanho médio de partícula da ração é o método mais econômico e merece atenção na produção animal. Ao reduzir o tamanho de partícula e mantendo a sua uniformidade, obtém-se a maior superfície de contato do ingrediente, o que facilita tanto a sua mistura na fábrica de ração, quanto à sua utilização pelo animal através da maior exposição dos alimentos ao suco gástrico e às enzimas digestivas, proporcionando maior digestibilidade dos nutrientes.
Para aves, quando os ingredientes são triturados de forma grosseira, em vista dos aspectos anatomofisiológicos de seu sistema digestivo, implicará primeiramente num maior estímulo de consumo (ingestão) seguido de uma maior eficiência na digestibilidade do alimento. Já a peletização das dietas, é também muito importante e benéfica, pois implicará em menor desperdício de alimentos e um menor custo de mantença (especialmente em aves). Adicionalmente, o processo térmico necessário para a peletização tem implicações positivas na digestibilidade de nutrientes, desde que respeitado limites operacionais.
Portanto, não se deve esquecer, que o tamanho ideal das partículas varia com a espécie e idade, assim, o presente trabalho tem como objetivo apresentar o efeito do tamanho das partículas das dietas, sobre o rendimento de suínos e aves.
A essa condição, um bom processo de peletização e o máximo cuidado no sentido da manutenção da integridade dos peletes ao longo das próximas etapas, como expedição, transporte, armazenamento na granja e arraçoamento dos animais, são muito importantes e impactam expressivamente nos resultados finais de lotes de aves e suínos.
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