Em um quadro de crise mundial em consequência da Covid-19, o agronegócio reduziu o impacto da pandemia na produção, evitando a desaceleração da atividade, proporcionando conhecimento e oportunidades aos diversos setores. O setor avícola tem celebrado o crescimento em produção mesmo durante a pandemia. No entanto, a alta dos preços do milho e farelo de soja, principais insumos utilizados na produção de rações, tem tornado desafiador manter os índices produtivo.
A inclusão de enzimas exógenas às dietas é prática indispensável para contornar este desafio, visto que maximiza o aproveitamento do alimento pelas aves com uma redução no custo, devido aos ajustes nas formulações. De fato, estima-se que a consideração de uma matriz nutricional de um blend enzimático contendo carboidrases, fitase e protease na formulação de dietas comerciais de origem animal para frangos de corte é capaz de:
Reduzir em até 10%, em média, o custo de produção por tonelada de ração
(base de preços dezembro/2020).
Desta maneira, as enzimas exógenas são essenciais para a formulação de rações de mínimo custo para as aves.
ABORDAGEM PRÁTICA SOBRE OS BENEFÍCIOS
As ações das enzimas sobre os fatores antinutricionais presentes nas dietas, como o fitato e polissacarídeos não amiláceos, e sobre a atividade de enzimas endógenas, aumentando a disponibilização de nutrientes (cálcio, fósforo e aminoácidos) e energia são frequentemente relatadas (Alabi et al., 2019; Bedford & Cowieson, 2020) e refletem em redução de custo.
No entanto, este texto objetiva uma abordagem prática sobre os benefícios, além dos econômicos, enfatizando os mecanismos de ação das enzimas na manutenção da saúde intestinal das aves.
Proteína
Da mesma forma, a proteína quando não digerida pode sofrer fermentação gerando metabólitos tóxicos ao
organismo do animal (Windey, 2012) além de alterar a homeostase da microbiota.
Estes processos podem comprometer a integridade da barreira física do intestino, incluindo as junções “tight”, compostas de proteínas que selam os espaços entre as células do
intestino, favorecendo a passagem de microrganismos patogênicos.
Polissacarídeos não amiláceos
Os polissacarídeos não amiláceos, além de interferirem na digestão de outros nutrientes podem favorecer a proliferação de microrganismos indesejáveis e o desencadeamento de processos inflamatórios por serem reconhecidos por receptores localizados no intestino (Kogut et al., 2018; Dal Pont et al., 2020).
MODO DE AÇÃO DAS ENZIMAS
Pes...