O uso de coprodutos na dieta, de inoculantes como a L. buchneri em silagens e de ionóforos como a monensina, são opções para se alcançar esse objetivo dentro da bovinocultura leiteira.
O XII Simpósio Leite Integral, que ocorreu nos dias 05 e 06 de outubro na UP EXPO em Curitiba – Paraná, contou com a apresentação do renomado professor Glen Broderick – Universidade de Wisconsin. A temática da 12ª edição do evento é a agenda ESG na produção de leite, trazendo discussões principalmente acerca da emissão de metano e demais gases de efeito estufa pelas vacas leiteiras.
Broderick abordou o tema: “Vacas mais produtivas diluem a emissão de gases de efeito estufa por litro produzido” e trouxe estratégias para diminuir a produção de metano, incluindo-se estratégias nutricionais. Foram listadas 6 principais estratégias:
O Brasil possui um grande desafio em sua produtividade de leite e necessita realizar maiores progressos. Atualmente, nosso país ocupa o 84º lugar no ranking de produtividade, com mais de 30 bilhões de litros de leite por ano.
O professor explica que aumentando-se a eficiência alimentar das vacas conseguimos diluir a emissão de metano por litro de leite produzido, pois as estratégias nutricionais possibilitam o aumento da produtividade de cada vaca das fazendas.
A produção de metano ocorre no rúmen através da degradação da celulose através de sua fermentação pelas bactérias. Acredita-se que 2/3 do metano e demais gases do efeito estufa emitidos por ruminantes venha de vacas em lactação e a composição da dieta desses animais influencia diretamente na produção dos gases.
Portanto, aumentar o valor biológico dos ingredientes utilizados na dieta e, consequentemente, a eficiência alimentar das vacas, nos permitem diminuir a emissão de metano na atmosfera.
O uso de coprodutos na dieta, de inoculantes como a L. buchneri em silagens e de ionóforos como a monensina, são opções para se alcançar esse objetivo dentro da bovinocultura leiteira.
Além dos aspectos nutricionais, algumas características inerentes dos animais podem auxiliar a reduzir a emissão. Por exemplo, animais menores tendem a produzir menos metano. Dessa forma, vacas jersey que produzissem a mesma quantidade de leite que vacas holandesas, estariam produzindo bem menos metano.
Sobre o Evento
Em sua 12ª edição, o Simpósio Leite Integral segue inovando em seus temas, trazendo para o setor leiteiro os assuntos que nortearão o futuro da atividade. Nessa edição, serão apresentadas as oportunidades relacionadas à agenda ESG, que é o conceito mais moderno e abrangente de sustentabilidade.
Saiba todos os detalhes do Simpósio Leite Integral clicando aqui.
Assine agora a revista técnica de nutrição animal
AUTORES
Escolha sua fonte de potássio com sabedoria
Ricardo SantinCELMANAX em aves e a redução da prevalência de Salmonella
BronchoVest: a solução natural aos desafios respiratórios e térmicos
Propriedades e benefícios da Curcumina na alimentação de pets
Camilla Mariane Menezes SouzaEsporo Bacteriano: o mais resistente dos probióticos
Patrick RoieskiUso de enzimas e aditivos fitogênicos na nutrição de aves, suínos e cães
Vivian Izabel VieiraConheça as particularidades Halal para nutrição animal
Yuri de Gennaro JarucheAlgas marinhas na alimentação de aves: uma estratégia sustentável
Por que as micotoxinas são importantes na produção de frangos de corte?
As exportações de grãos em 2024
Ecobiol – uma cepa, muitos benefícios
Saúde e metabolização hepática para melhora do desempenho de leitões
Eduardo RaeleNutrição dos peixes de cultivo: otimizando o crescimento sustentável
Francisco MedeirosComo atender à crescente demanda por proteínas livres de antibióticos?
O Brasil soma recordes na produção animal brasileira
Ricardo Santin