A tilápia é o peixe de água doce mais cultivado e comercializado no Brasil. A produção brasileira foi de 357.639 toneladas em 2017, número que posicionou o País no quarto lugar da produção mundial, atrás da China, Indonésia e Egito
Fonte: PeixeBR 2019
O estudo demonstrou diferença no peso médio dos peixes alimentados com ração contendo 28% de proteína bruta, comparado aos peixes alimentados com 32% e 36%, evidenciando que a melhor taxa de eficiência proteica foi obtida na ração com 32%, o que a tornou indicada como o melhor nível proteico para a fase de crescimento.
A ração representa entre 40% e 60% dos custos totais envolvidos na piscicultura |
“ Afetados pelas variações na temperatura da água fora da faixa de conforto, os peixes respondem mudando hábitos alimentares, comportamentais e de mobilidade para se adequar às variações, sejam elas de frio ou calor. Na piscicultura, o produtor deve estar atento e dispor de informações adequadas para o melhor planejamento do manejo alimentar para obter melhor desempenho e, consequentemente, melhor renda”, recomenda Losekann.
Foram observados valores mínimos de temperatura da água a até 14ºC fora da faixa de conforto térmico nos meses de junho e julho e, como efeito, observou-se que o consumo de ração foi drasticamente reduzido. Além disso, o crescimento dos peixes com a temperatura da água em torno de 28ºC foi bem melhor.
De acordo com Célia Scorvo, pesquisadora da Apta, os dados obtidos podem subsidiar o produtor na escolha de locais de produção onde não ocorram grandes variações na temperatura da água. Além disso, é recomendável o uso de ração com teores de 32% de proteína bruta e a instalação de criações em locais que sofrem menores variações de temperatura. Combinadas, essas duas práticas podem proporcionar melhor desempenho das tilápias, o que significa maior ganho de peso, maior biomassa e, consequentemente, mais lucro ao produtor.
“ Verificamos que não ocorreu mortalidade nas temperaturas mais baixas, apenas diminuiu o consumo de ração. Outra informação importante é que em regiões com grandes variações de temperatura (mais frias), o ciclo de produção da tilápia é mais longo ” diz Scorvo.
Os pesquisadores constataram que os níveis de proteína bruta das rações utilizadas não tiveram influência sobre a conversão alimentar (quantidade de alimento que se converte em peso no animal). No entanto, a ração com 32% de proteína bruta apresentou melhor eficiência proteica, que é um método biológico que avalia o ganho de peso em função da quantidade de proteína consumida pelo animal.
Essas represas são uma boa opção para produção de peixes em tanques-rede na propriedade, pois permitem o aproveitamento das estruturas já existentes e que podem ser revertidas para a piscicultura. A partir de represas ou açudes, o produtor familiar, poderá, com o uso de boas informações tecnológicas, desenvolver mais uma fonte de renda em sua propriedade e diversificar a produção. Dados atuais indicam uma produção máxima de 80 quilos de tilápia por metro cúbico, alcançados em regiões com grande fluxo de água.
Agência Embrapa de Notícias/ Foto abre: Gabriel Pupo Nogueira
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