O requerimento mineral depende muito do nível de produtividade. O aumento da taxa de crescimento, reprodução e produção leiteira aumenta os requisitos minerais. Em baixos níveis de produção, deficiências minerais marginais (próximas ao limite mínimo de exigência) não se manifestam, mas, com aumento dos níveis de produção, tornam-se severas, com sinais clínicos bem característicos.
Os cálculos de suplementos dietéticos podem se basear nos requerimentos de nutrientes sugeridos pelo National Research Council (NRC) (1984, 1996, 2016) americano. Esses dados baseiam-se na deposição/excreção dos elementos dos tecidos (placenta e anexos, ganho de peso, feto) e no leite, somados às perdas endógenas obrigatórias.
Esse valor é corrigido pela porcentagem do elemento absorvido na dieta. Quando os dados para estimativa por meio do método citado (fatorial) são escassos, utilizam-se observações experimentais e de campo, descrevendo os efeitos de uma faixa de ingestão do elemento no desempenho e saúde (Agricultural Research Council – ARC, 1980).
Os requisitos para ótima saúde são talvez de 25% a 50% maiores do que aqueles necessários para o crescimento normal, no caso de alguns microelementos (Herd, 1997). O NRC (1996) considera correção para raças de bovinos criados nos trópicos e a necessidade de maior atenção para as exigências dos microelementos minerais, levando em conta a demanda funcional.
Segundo o NRC publicado em 2016, o gado de corte necessita de pelo menos 17 minerais, que são divididos em 2 categorias, macrominerais e microminerais.
Os macrominerais são os minerais da dieta requeridos em maiores quantidades e incluem cálcio (Ca), magnésio (Mg), fósforo (P), potássio (K), sódio (Na), cloro (Cl) e enxofre (S). Esses minerais são importantes componentes estruturais dos ossos e outros tecidos, servem como importantes constituintes dos fluidos corporais. Eles também tem papel importante na manutenção do balanço ácido-base, pressão osmótica, potencial elétrico das membranas e transmissão de sinais nervosos.
Já os microminerais, também chamados de “minerais traço”, são requeridos em pequenas quantidades, como microgramas e miligramas, e incluem cromo (Cr), cobalto (Co), cobre (Cu), iodo (I), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni), selênio (Se) e zinco (Zn). Os microminerais estão presentes no tecidos em pequenas concentrações e são constituintes de metaloenzimas, cofatores enzimáticos e componentes hormonais no sistema endócrino.
Alguns minerais como arsênio, boro, chumbo, silício e vanádio foram demonstrados como essenciais em outras espécies, porém, não se tem evidencias ainda da sua importância na produção de ruminantes. Na Tabela 1 observam-se os intervalos de exigências dos respectivos minerais compilados dos três trabalhos.
Fonte: Embrapa Gado de Corte
Assine agora a revista técnica de nutrição animal
AUTORES
Escolha sua fonte de potássio com sabedoria
Ricardo SantinCELMANAX em aves e a redução da prevalência de Salmonella
BronchoVest: a solução natural aos desafios respiratórios e térmicos
Propriedades e benefícios da Curcumina na alimentação de pets
Camilla Mariane Menezes SouzaEsporo Bacteriano: o mais resistente dos probióticos
Patrick RoieskiUso de enzimas e aditivos fitogênicos na nutrição de aves, suínos e cães
Vivian Izabel VieiraConheça as particularidades Halal para nutrição animal
Yuri de Gennaro JarucheAlgas marinhas na alimentação de aves: uma estratégia sustentável
Por que as micotoxinas são importantes na produção de frangos de corte?
As exportações de grãos em 2024
Ecobiol – uma cepa, muitos benefícios
Saúde e metabolização hepática para melhora do desempenho de leitões
Eduardo RaeleNutrição dos peixes de cultivo: otimizando o crescimento sustentável
Francisco MedeirosComo atender à crescente demanda por proteínas livres de antibióticos?
O Brasil soma recordes na produção animal brasileira
Ricardo Santin