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26 Apr 2021

Forma da ração influencia o desempenho zootécnico de aves

Alimento peletizado é praticamente esterilizado, contribui para a saúde intestinal e ajuda a reduzir custos de produção.

“Como melhorar a conversão alimentar?” é um tema recorrente nas pesquisas em avicultura. Qual a melhor matéria-prima para a ração? Qual o melhor formato para a ração? Conheça as vantagens da alimentação peletizada.

Peletização está relacionada à boa performance dos animais

O pellet facilita a ingestão do alimento pelas aves, porque a partícula fica mais grosseira. Isso faz com que elas ganhem mais peso. No processo de peletização na fábrica de rações, o alimento passa por altas temperaturas e cozinha, o que ajuda na digestão do alimento. É o mesmo procedimento é realizado por nós quando cozinhamos o arroz, porque ele cozido tem maior digestibilidade que o arroz cru. Alimentos com melhor digestibilidade melhoram o desempenho dos animais.

Redução dos custos de produção

O processo de peletização melhora a qualidade nutricional e reduz o desperdício. Um bom pellet está relacionado à diminuição dos custos de produção, porque impacta diretamente no desenvolvimento dos animais. Mas, para uma boa experiência, alguns detalhes devem ser levados em conta desde a fabricação, como o armazenamento correto da ração peletizada e a dosagem. Por isso, o produtor deve estar atento à origem da ração que oferece às aves.

Produção da ração na indústria

Nas fábricas, um equipamento é responsável por resfriar a ração após o processo de peletização. A limpeza ocorre duas vezes por semana no local. Os funcionários trabalham com todos os aparatos de proteção necessários para realizar a atividade e fazem a varrição das paredes, tetos e pisos. Depois, o setor de qualidade realiza uma verificação para garantir que a limpeza foi efetiva e liberam o equipamento para ser sanificado. Após a aplicação do antisalmonella em pó, ele está apto para voltar ao uso na produção.

Palavra do especialista

De acordo com Vitor Hugo Brandalize, médico veterinário especialista em nutrição, as dietas representam hoje mais de 80% dos custos de produção de frangos de corte. Uma das vantagens da peletização é que as aves gastam menos energia comendo, ou seja, gastam menos tempo abrindo e fechando o bico para comer o pellet, ao contrário do que acontece quando consomem ração em farinha, que prejudica a conversão alimentar. Outra vantagem é que devido às altas temperaturas que ocorrem durante a peletização, a ração é praticamente esterilizada, o que ajuda a controlar a incidência de microrganismos no alimento.

Ainda de acordo com Vitor Hugo, um alimento peletizado de boa procedência é quase asséptico, o que contribui para a boa performance e para a saúde intestinal das aves.

“Mas deve ser um pellet inteiro. Se os pellets estão quebrados, o produtor não terá os benefícios que mencionamos no que diz respeito à economia de energia. O alimento deve chegar à granja com qualidade. Na fase inicial, o pintinho não consegue ingerir partículas grandes. O tamanho do pellet deve equivaler ao tamanho do bico e a ração deve ser peletizada e triturada. Após 14 ou 21 dias, o pellet é maior”, explica. A conversão alimentar é o fator de maior importância na remuneração do integrado, lembra Vitor, e desperdiçar alimento nunca é um bom negócio.

 

Por Canal Rural – Ligados & Integrados

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