Nanopartículas biogênicas de selênio na nutrição animal – Parte I
Nanopartículas biogênicas de selênio na nutrição animal – Parte I
Até a década de 1950, o selênio era considerado tóxico para humanos e animais. No entanto, as percepções sobre a importância do selênio mudaram significativamente em 1957, quando Schwarz e Foltz declararam que a adição de selênio (Se) preveniu a necrose hepática em ratos, e mais tarde em 1973, cientistas descobriram que o Se é um componente da enzima glutationa peroxidase (GPx), que é uma selenoproteína que atua no sistema antioxidante do organismo, desintoxicando peróxidos de hidrogênio orgânicos prejudiciais.
O Se é um dos fatores nutricionais críticos necessários para o funcionamento normal do sistema imunológico, crescimento muscular, manutenção da saúde e várias funções bioquímicas-fisiológicas. Sua deficiência pode causar uma variedade de distúrbios nos animais (por exemplo, infertilidade, retenção de placenta e abortos no gado, desenvolvimento embrionário deficiente, baixa deposição de tecido muscular e diminuição da produção de ovos em galinhas poedeiras). A deficiência de selênio está relacionada também ao estresse oxidativo, que se refere à produção de uma grande quantidade de ROS no organismo. ROS podem danificar células e tecidos e afetar adversamente órgãos e suas funções.
A deficiência de selênio em ruminantes geralmente está relacionada ao baixo conteúdo de Se na forragem e pastagem, sendo necessária sua suplementação. Assim como na nutrição de monogástricos.
A absorção de Se inorgânico na forma de selenito de sódio no intestino delgado de animais monogástricos e aves é de aproximadamente 80%, enquanto em ruminantes, essa faixa é de apenas 29%, já a taxa de absorção do Se orgânico em espécies monogástricas e aves, é maior que 90%.
O Se dietético pode ser suplementado em animais a partir de duas fontes importantes: orgânica e inorgânica. O Se orgânico é mais biodisponível do que o Se inorgânico. Independente da espécie, as formas orgânicas de Se são ativamente absorvidas no trato intestinal por meio de um mecanismo de transporte de aminoácidos, ao contrário do Se inorgânico, que é absorvido por um processo de difusão simples.
Se inorgânico – principais formas Selenito ou Selenato de sódio
Se orgânico – principais formas Selenometionina ou Selenocisteína
E agora existem as nanopartículas de selênio:
Na próxima semana, conheceremos mais sobre as nanopartículas de selênio!
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O artigo completo está disponível em Open-Acess pelo link https://www.mdpi.com/2077-0472/11/12/1244
Malyugina, S., Skalickova, S., Skladanka, J., Slama, P., & Horky, P. (2021). Nanopartículas biogênicas de selênio na nutrição animal: uma revisão. Agricultura , 11 (12), 1244. https://doi.org/10.3390/agriculture11121244
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