Os trabalhos também buscam melhorar os custos para a produção de leite, já que a alimentação representa de 40% a 60% das despesas na criação animal, variando em função da eficiência do manejo alimentar, que pode ser otimizado na diversidade e qualidade das forragens.
A pesquisadora da Embrapa Semiárido Salete de Moraes lembra que o produtor precisa ficar atendo aos alimentos convencionais como milho e soja, que possuem uma variação de preço muito alta, principalmente pelo envolvimento com o mercado internacional, aliados às oscilações climáticas.
Salete explica que a palma forrageira, espécie de origem mexicana, foi trazida para o Brasil no século 19 e desde a década de 40 é utilizada para alimentar rebanhos devido a sua composição rica em carboidratos e água. Já a gliricídia, árvore de porte médio nativa da América Central, é uma leguminosa difundida como banco de proteína nas propriedades, apresentando de 17 a 22% de proteína bruta na sua composição.
Para o fornecimento dessas duas forragens, a palma pode ser oferecida no estado natural, apenas picada no cocho. A gliricídia pode ser oferecida triturada ou ainda conservada na forma de silagem ou feno.
A recomendação aos produtores é que escolham sempre recursos forrageiros adaptados às condições climáticas da região, e sigam as orientações técnicas relacionadas ao plantio diversificado de espécies que atendam às exigências de produção dos animais.