A crescente produção na cadeia avícola demanda diariamente a formulação de rações que atendam às necessidades dos animais, considerando o menor custo, já que a ração representa valores que podem chegar a 70% do custo de produção.
O milho é um dos principais ingredientes que compõe a ração das aves, com nível de inclusão em torno de 60%.
⇒ Desta forma, a utilização de grãos com grandes variações qualitativas gera a necessidade de constantes correções e inclusões de aditivos, o que impacta financeiramente o processo produtivo.
⇒ Além disso, é necessário o controle de fatores antinutricionais e contaminantes que podem prejudicar o desenvolvimento das aves e comprometer a qualidade intestinal.
A qualidade nutricional do milho é primordial para que se produza uma ração que atenda às necessidades das aves.
Em termos de produção, a avaliação da qualidade física dos grãos está relacionada à sua integridade, quanto às condições de conservação, como:
Grãos ardidos
Grãos Chochos
Grãos Carunchados
Presença de micotoxinas
Densidade específica
Com relação às variáveis químicas e bromatológicas, os principais parâmetros avaliados são: Umidade Fibra bruta Proteína bruta Extrato etéreo Presença de micotoxinas Aflatoxinas e fumonisinas
Umidade
Fibra bruta
Proteína bruta
Extrato etéreo
Presença de micotoxinas
Aflatoxinas e fumonisinas
Estas variáveis são influenciadas pela cultivar do milho e pelas práticas desde o plantio até a armazenagem dos grãos, que podem impactar negativamente em termos nutricionais.
Por exemplo, a realização de colheita em condições climáticas desfavoráveis leva à necessidade de secagem, provocando reduções no conteúdo de energia metabolizável, que podem chegar até 300kcal/kg (Carvalho et al., 2004).
O incorreto armazenamento dos grãos de milho facilita a infestação de insetos, que se alimentam de amido e parte do gérmen do milho, reduzindo os valores de energia bruta, com menor densidade especifica dos grãos e alterações nos níveis de proteína bruta e fibra bruta (Lopes et al., 1988).
A Instrução Normativa n° 60, de 22 de dezembro de 2011, elaborada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, objetivou uniformizar e atualizar a maneira como os grãos de milho são classificados em todo o Brasil.
Para fins de recebimento ou não de determinada carga de milho em uma fábrica de ração, deve-se realizar a coleta de, no mínimo, 2,0 kg por ponto amostrado, de maneira homogênea pelo caminhão e alcançando o terço superior, o meio e o terço ...