A incorporação de gorduras e óleos tem se tornado rotina na produção avícola moderna como forma de aumentar o valor energético da dieta alimentar.
Dietas enriquecidas com óleo têm maior palatabilidade, menor teor de poeira e menor taxa de passagem pelo trato intestinal em aves, permitindo mais tempo para que os nutrientes sejam totalmente absorvidos.
Porém, ainda é pouco compreendido a influência da suplementação com óleo de soja nas características ósseas em poedeiras alojadas em gaiolas enriquecidas. Assim, pesquisadores realizaram um experimento com o objetivo de avaliar os efeitos do óleo de soja adicionado à dieta de galinhas poedeiras sobre o crescimento e desempenho produtivo, qualidade do ovo e características ósseas.
No experimento foram utilizadas duzentas e quatro galinhas poedeiras brancas Lohmann saudáveis com 20 semanas de idade pesando 1,09 ± 0,05 kg.
As aves foram divididas aleatoriamente em dois grupos:
As poedeiras foram mantidas em gaiolas enriquecidas contendo poleiro e caixa-ninho elevada, além de bebedouros tipo nipple e comedouro retangular.
Peso corporal, desempenho de produção e consumo de ração |
Os pesquisadores não encontraram diferença na produção de ovos e a taxa de quebra de ovos entre as poedeiras do grupo controle e do grupo suplementado com óleo de soja.
Entretanto, as poedeiras alimentadas com óleo de soja apresentaram maior peso corporal quando avaliadas com 29 e 37 semanas de idade.
O consumo médio diário de ração de galinhas poedeiras alimentadas com óleo de soja aos 33 e 37 semanas de idade foi menor do que no grupo controle, mas nenhuma diferença significativa foi encontrada em ambos os grupos nas semanas 25 e 29.
Qualidade do ovo |
Em comparação com o grupo controle, o peso do ovo, a resistência à quebra da casca do ovo, a espessura da casca do ovo, a altura do albúmen e a unidade Haugh não foram significativamente diferentes entre os dois grupos.
Qualidade Óssea |
A incidência de fratura de quilha no grupo suplementado com óleo de soja foi maior do que no grupo controle, para as semanas 25, 33 e 37 de vida das aves; no entanto, as incidências foram semelhantes para a semana 29. A ocorrência de osso da quilha desviada no grupo suplementado foi menor do que no grupo controle para 3 das 4 semanas avaliadas.
No geral, em comparação com o grupo controle, a ocorrência de osso da quilha normal em aves alimentadas com uma dieta suplementada com óleo de soja foi diminuída, enquanto a de osso da quilha fraturado foi aumentada.
Em comparação com o grupo controle, o comprimento do osso da quilha em poedeiras do grupo que recebeu suplementação com óleo de soja foi significativamente reduzido.
Os autores concluíram que achados da pesquisa indicaram que a suplementação dietética com 3% de óleo de soja aumentou principalmente a incidência de dano ósseo da quilha e prejudicou seu desenvolvimento, diminuiu a ingestão diária média de ração e a densidade mineral óssea e alterou a microestrutura óssea e a homeostase dos elementos minerais. Portanto, alimentar as galinhas com dieta enriquecida com 3% de óleo de soja pode causar efeitos negativos no consumo de ração e na saúde e qualidade dos ossos da quilha, mas não afeta a produção e a qualidade dos ovos durante o período de postura. |
Para consulta do artigo completo, clique aqui
As informações desse texto foram retiradas do artigo intitulado “Dietary Soybean Oil Supplementation Affects Keel Bone Characters and Daily Feed Intake but Not Egg Production and Quality in Laying Hens Housed in Furnished Cages” “de autoria de:
Haidong Wei1, Lei Pan1, Chun Li2, Peng Zhao1, Jianhong Li2, Runxiang Zhang1,3* and Jun Bao1,3*
1College of Animal Science and Technology, Northeast Agricultural University, Harbin, China
2College of Life Science, Northeast Agricultural University, Harbin, China
3Key Laboratory of Chicken Genetics and Breeding, Ministry of Agriculture and Rural Affairs, Harbin, China
Adaptado por Márcia Cândido – nutriNews Brasil
Assine agora a revista técnica de nutrição animal
AUTORES
Estratégias de tratamento combinadas em matrizes de frango
Patrick RoieskiFitogênicos e antibióticos para leitões de creche não desafiados
Larissa Aparecida Ratuchene KordelQualidade de mistura de rações e as mudanças na portaria SDA nº 798
Vivian Izabel VieiraQuem é você na cadeia de produtos medicados?
Karin Riedel FrancoUso de ingredientes alternativos na nutrição de cães e gatos
Renata Bacila Morais dos Santos de SouzaPescado: cesta básica é uma conquista, mas ainda são necessários incentivos
Probióticos, Prebióticos e Fitogênicos para saúde intestinal de aves – Parte 2
Sakine YalçinSIAVS recebe 30 mil pessoas de mais de 60 países
O problema das micotoxinas em grãos e concentrados para ruminantes
Lina BettucciPioneirismo e Inovação: Como a Jefo contribui para o sucesso do agronegócio