Um teste para detectar a bactéria salmonella em alimentos leva cerca de uma semana para ficar pronto. Já o Revella Test, desenvolvido por uma empresa catarinense, apresenta o resultado entre duas e 12 horas.
A tecnologia inovadora usa nanopartículas de ouro na sua composição e recebeu patente do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). A startup TNS Nano tem apoio da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).
O Revella Test é um deles, que usa uma tecnologia inovadora. Um farelo, como o de soja, ou uma proteína animal é colocado em uma solução de cor rosa. Apesar dessa coloração, ela é formada por nanopartículas de ouro. Se o material ou produto testado não conter salmonela, a cor de detecção permanece a mesma. A empresa, que hoje conta com 40 colaboradores, cresceu em média 145% nos últimos três anos. E também exporta para 15 países, com produtos para o B2B industrial e agronegócio. Criada em 2009, participou do Sinapse da Inovação, um programa de incentivo ao empreendedorismo inovador idealizado pela Fundação CERTI e desenvolvido pela Fapesc. Gabriel de Freitas Nunes também conquistou o segundo lugar no prêmio Stemmer 2014, na categoria Protagonista da Inovação.
Se tiver a presença da bactéria, ela se liga nas nanopartículas promovendo a mudança de cor (perceptível a olho nu). “Quando a salmonella se liga ao kit, o complexo químico tende a se aglomerar e decantar. Este fenômeno altera a cor do kit de rosa para o azul”, explica o diretor-geral da TNS Nano, Gabriel de Freitas Nunes.
Como o kit de detecção leva até 12 horas, o controle consegue ser feito durante o carregamento. “Do contrário, o resultado sairia sete dias após o carregamento, com o navio no meio do Oceano (como é feito atualmente)”, justifica Nunes. “A intenção é penetrar ainda mais no mercado com parcerias estratégicas, seja via farelos, seja via proteína animal (onde o Brasil e o mundo precisam de atenção).
O nosso plano é colocar o Revella Test como um produto de fácil acesso ao mercado de grande volume e responsabilidade. Com isso, traremos mais segurança para a cadeia de proteínas (animal ou vegetal) de forma a vermos em breve a cadeia de produção e distribuição livre de salmonella”.
Programa Tecnova
A startup tem apoio da Fapesc e da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) por meio do Tecnova II SC. Ao todo, o programa destinou mais de R$ 7,5 milhões para contemplar 28 empresas em todo o Estado. “Com o Tecnova melhoramos a robustez do produto. Nós tínhamos uma invenção brilhante, mas para se tornar inovação ela precisava ser aceita pelo mercado, ter um valor para a sociedade”, diz Nunes.
Fonte: aviNews Brasil
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