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Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte

Escrito por: Vitor Luiz Molosse - Formado em Zootecnia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) no ano de 2021. Durante a graduação foi Bolsista de Iniciação científica CNPQ no grupo de pesquisa GANA (Grupo de Pesquisa em Aditivos e Suplementos na Nutrição Animal). É mestre em Zootecnia - Nutrição e Alimentação Animal pela mesma universidade (2022) onde sua dissertação foi com uso de subprodutos da indústria vinícola na nutrição de bovinos de corte em confinamento.
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Uso de bagaço de uva na nutrição de bovinos de corte: uma alternativa nutricional rentável

O uso de subprodutos de agroindústrias na formulação de dietas de ruminantes pode ser uma estratégia para reduzir o custo de produção, bem como, uma oportunidade e ferramenta que possibilita a pecuária sustentável, devido a capacidade de os ruminantes converterem insumos não comestíveis em proteína de alto valor (carne e leite).

Além da ótima relação custo-benefício, resíduos agroindustriais podem conter em sua composição compostos bioativos, que mostram ter capacidades funcionais ao organismo animal (SANTANA-MÉRIDAS et al. 2012).

Visto com bons olhos pelos pecuaristas, a inclusão de resíduos agroindustriais na nutrição de ruminantes vem tomando espaço, sendo umas das estratégias alimentares em mais de 70% das fazendas brasileiras que possuem confinamento. Segundo Pinto e Millen (2018), os três coprodutos mais utilizados são:

Na região Sul, por questões logísticas e econômicas, o caroço de algodão não possui uma utilização expressiva, diferente da média nacional relatada por Pinto e Millen (2018). Isso faz com que exista a necessidade de explorar coprodutos regionais, os quais possam viabilizar seu uso, por conta do seu baixo custo. Isto posto, enfatiza o potencial do resíduo de bagaço de uva na região sulina brasileira.

O QUE É O RESÍDUO DE BAGAÇO DE UVA (RBU)?

O RBU, é gerado após a prensagem dos cachos de uva durante a produção de vinho, sucos e seus derivados. Neste processo são gerados cerca de 200g/kg da massa total de uvas processadas em resíduo. Sua composição de partículas comumente possui em torno de 473g/kg de casca, 277g/kg de talos e 250g/kg de sementes no bagaço in natura (Figura 1).

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