Contaminação bacteriana da ração
Para ler mais conteúdo de nutriNews Brasil 4 Trimestre 2022
A arte da higiene de rações
Uma ração segura é essencial para alimentos saudáveis – assim, é importante contar com um sistema eficiente de higiene de rações para minimizar o risco de contaminação bacteriana.
Para as empresas, o recall (recolhimento) de produtos tem alto custo e pode ser prejudicial para sua reputação. Para a fábrica de ração, implica interromper a produção e promover a descontaminação, além do descarte de rações e ingredientes.
Quando há risco de contaminação por bactérias patogênicas, medidas devem ser tomadas para minimizar possíveis perigos. O uso de métodos eficazes para evitar a contaminação e recontaminação das rações é importante tanto para o desempenho animal quanto para a fábrica de ração.
No passado, o formaldeído constituía uma solução muito eficaz para evitar a Salmonella em rações. Entretanto, ao ser considerado carcinogênico, foi proibido na Europa em 2018. O mundo busca novas soluções.
Atualmente, as alternativas mais eficientes para a higiene de rações são as soluções à base de ácidos orgânicos e tratamento térmico.
A Perstorp, fabricante sueca de aditivos, pesquisa há décadas a eficácia e combinações de moléculas contra patógenos em rações. Observaram que resultados ideais são obtidos ao combinar tratamento térmico moderado com aditivos otimizados que evitam a recontaminação depois do tratamento térmico. Estes dados têm comprovação científica.
Contaminação bacteriana da ração
REGULAMENTAÇÃO (CE) No. 183/2005 menciona todas as normas da cadeia de rações. O consenso geral é que tanto rações quanto matérias primas não devem conter Salmonella em amostras de 25 gramas. Na UE, anualmente, entre 1,8% e 1,9% das amostras testadas são positivas para Salmonella.
Embora a Salmonella seja o foco, as fábricas de ração devem pensar em contaminação por enterobactérias como um todo. Caso se concentrem em uma bactéria específica, é possível que não detectem outros patógenos que também afetam negativamente a saúde e o desempenho.
Tratamento térmico e higiene de rações
As rações podem ser submetidas a tratamento térmico especificamente para reduzir a carga de enterobactérias. Soluções de higiene de rações baseadas em ácidos orgânicos, como fórmico, propiônico e lático são bastante comuns e algumas são aprovadas na União Europeia como promotoras de higiene de rações.
Tanto o tratamento térmico como as soluções de higiene de rações são eficazes para reduzir a carga de enterobactérias. Entretanto, quando a ração é tratada termicamente, são eliminadas também algumas espécies de bactérias benéficas. Esta destruição da flora permite mais espaço para que bactérias patogênicas recontaminem a ração.
Tratamentos combinados
Quando somente o tratamento térmico é utilizado, a ração acabada pode ser facilmente recontaminada durante o resfriamento e/ou secagem. A condensação dentro do equipamento e o ar carregado de impurezas permitem a multiplicação de bactérias como E. coli.
As soluções de higiene das rações ajudam as fábricas a manterem a segurança. Ensaios comprovam que a adição destes produtos à ração resulta em significativa redução de enterobactérias.
Resultados do ensaio: Prophorce™ SA Exclusive e temperatura adequada é a melhor opção
Para comprovar a eficácia dos ácidos orgânicos combinados com tratamento térmico, foi conduzido o estudo SYTTAC no Instituto Tecaliman, na França. A ração foi intencionalmente contaminada com log5 de enterobactérias para padronizar os níveis iniciais de contaminação.
ProPhorce™ SA Exclusive da Perstorp foi adicionado à ração (4 kg/T), tratada com 3 diferentes temperaturas ou não tratada termicamente. Foram medidas as cargas de enterobactérias (inicial, antes e depois do processo de resfriamento).
Os resultados foram comparados a uma amostra controle em condições de referência: sem acidificante, aquecida a 80°C durante 2 minutos.
O gráfico (Figura 1) demonstra que caso a ração não seja aquecida, a carga de enterobactérias é mantida sob controle (redução de 1/2log). Quando aquecida a 55° C, se observa uma redução de log1, suficiente, na maior parte dos casos, para garantir a higiene do processo.
Assim, uma temperatura de 65°C será suficiente para inativar as enterobactérias sem destruir alguns dos frágeis nutrientes na ração (80° C – 2 min. são condições extremas para alguns nutrientes).
Em todos os casos, a adição de ProPhorce™ SA Exclusive evita que a contagem de enterobactérias se eleve após o resfriamento. Por outro lado, existe clara evidência de recontaminação por enterobactérias da amostra controle negativa, demonstrando que apenas o tratamento térmico gera uma situação de risco.
Soluções para uma era pós-formaldeído
Na era pós-formaldeído, as fábricas de ração e os avicultores devem reconsiderar sua estratégia de higiene de rações. Os ácidos orgânicos que estão sendo utilizados para tratar as rações estão oficialmente aprovados em termos de sua capacidade de reduzir a carga de enterobactérias e evitar a recontaminação.
Nos últimos anos, a biossegurança recebeu destaque graças ao maior foco em desempenho animal e segurança de alimentos.
Uma vez que agentes microbianos podem ser introduzidos em diversas etapas da fabricação de rações, as tecnologias devem ser eficazes para reduzir os níveis bacterianos e conferir proteção contra a recontaminação.
Os produtos ProPhorce™ Feed Hygiene reduzem a contaminação por enterobactérias, inclusive Salmonella.
É importante encontrar soluções de higiene de rações de longo prazo, que possam ser integradas ao controle bacteriano em toda a cadeia de alimentos. Desta forma, as empresas estarão protegidas e os consumidores poderão confiar nos produtos que adquirem.
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