Alltech compartilha os dados de sua pesquisa global sobre a produção de rações | Os dados coletados na 14ª pesquisa mundial anual indicam que a produção de rações aumentou 1,2% em 2024, atingindo 1.396 milhões de toneladas métricas.
Alltech compartilha os dados de sua pesquisa global sobre a produção de rações | Os dados coletados na 14ª pesquisa mundial anual indicam que a produção de rações aumentou 1,2% em 2024, atingindo 1.396 milhões de toneladas métricas.
A Alltech, empresa líder global em nutrição animal e biotecnologia, divulgou seu relatório Agri-Food Outlook 2025, que apresenta os resultados da 14ª pesquisa anual sobre a produção mundial de rações e as perspectivas para 2025.
O relatório revela que a produção de dietas para animais voltou a crescer em todo o mundo em 2024, após um ano de estagnação em 2023: de 1.380 milhões de toneladas métricas (MTM) para 1.396 MTM (+1,2%). Esse crescimento – alcançado apesar de desafios como a influenza aviária altamente patogênica, variações climáticas e incertezas econômicas – evidencia a resiliência e adaptabilidade da indústria agropecuária global.
A pesquisa anual que fundamenta o relatório Agri-Food Outlook 2025 reuniu dados de 142 países e 28.235 fábricas de ração em 2024. Por meio da análise da produção e dos preços das dietas para animais (coletados pela equipe global de vendas da Alltech, com apoio de associações do setor e organizações especializadas em coleta de dados), a pesquisa oferece uma visão abrangente da produção global de rações.
Esses dados servem como um indicador da produção animal e destacam tendências por espécie, desafios regionais e oportunidades de crescimento.
Os 10 principais países produtores de rações em 2024:
China: 315,030 MTM (-2,03%)
Estados Unidos: 269,620 MTM (+0,68%)
Brasil: 86,636 MTM (+2,43%)
Índia: 55,243 MTM (+4,56%)
México: 41,401 MTM (+1,38%)
Rússia: 38,481 MTM (+8,53%)
Espanha: 35,972 MTM (+1,46%)
Vietnã: 25,850 MTM (+3,41%)
Turquia: 24,502 MTM (+4,83%)
Japão: 24,297 MTM (+0,14%)
Esses dez países produziram juntos 65,6% do total global de rações, sendo que apenas quatro deles – China, EUA, Brasil e Índia – responderam por 52% da produção mundial.
Aves:
A produção de ração para frangos de corte aumentou 1,8% (385.415 MTM) e para poedeiras, 1,4% (173.038 MTM). As dietas para frangos de corte continuam sendo o maior segmento em volume (27,6% do total global), impulsionado por sua acessibilidade frente à alta dos preços da carne bovina. A demanda cresceu na Ásia-Pacífico, América Latina e África. Apesar da ameaça contínua da influenza aviária, a expectativa é de crescimento moderado sustentado por oportunidades de exportação.
Para poedeiras, o crescimento mais lento reflete os desafios enfrentados: surtos da influenza aviária e excesso de oferta em algumas regiões. Na América do Norte, doenças reduziram significativamente a produção. No entanto, aumentos em Ásia-Pacífico, América Latina e África compensaram esse impacto. Avanços em vacinas e biossegurança podem sustentar o crescimento global do setor.
Suínos:
A produção mundial de ração para suínos caiu 0,6%, totalizando 369.293 MTM. O crescimento na Europa, América Latina e América do Norte foi superado pelas quedas na África, Oriente Médio, Ásia-Pacífico e Oceania. O desempenho futuro dependerá do controle sanitário e da estabilidade dos custos de formulação.
Gado leiteiro:
Aumentou 3,2%, atingindo 165.500 MTM, impulsionado por preços favoráveis do leite, intensificação da produção e demanda crescente – especialmente na Ásia-Pacífico, Europa, África e América Latina. Na Oceania, a dependência de pastagens reduziu levemente o uso de ração. A pressão sobre preços na China pode conter os ganhos futuros.
Gado de corte:
Cresceu 1,8%, passando de 131,6 MTM (2023) para 134,1 MTM (2024). A demanda de exportação, escassez de forragem e uso crescente de rações comerciais contribuíram para o aumento em América do Norte, América Latina, África, Europa e Oceania. Reduções na Ásia-Pacífico e Oriente Médio foram causadas por excesso de oferta e queda nos preços.
Aquicultura:
Registrou queda de 1,1%, totalizando 52.966 MTM. Houve crescimento na América Latina, África e Europa, mas quedas na Ásia-Pacífico e América do Norte devido a doenças, eventos climáticos extremos, custos elevados e preços baixos. O setor pode se recuperar gradualmente, com destaque para camarões e peixes na Ásia, dependendo da estabilidade de preços e avanços em biossegurança. A demanda europeia por ingredientes alternativos e sustentáveis deve se fortalecer.
Pets (animais de companhia):
Crescimento de 4,5%, alcançando 37.692 MTM, impulsionado por tendências de produtos premium, dietas funcionais, humanização dos pets e aumento de adoções. África teve o maior crescimento percentual (60%), seguida de ganhos expressivos na Ásia-Pacífico. O segmento continua entre os mais dinâmicos do setor.
Equinos:
Aumento de 2,3%, atingindo 9.630 MTM, impulsionado por produtos premium, foco em bem-estar animal e maior participação em atividades equestres. No entanto, o alto custo das rações e a redução do número de animais são desafios para o futuro.
Ásia-Pacífico (533,1 MTM): Pequena queda de 0,8%, ainda é a maior região produtora. Fatores adversos na China e clima extremo afetaram o desempenho.
América do Norte (290,7 MTM): Crescimento de 0,6% puxado pelos setores de bovinos de corte, aves e suínos.
América Latina (198,4 MTM): Crescimento de 3,6%, com forte demanda nos setores de aves, suínos e bovinos, e mercados de exportação favoráveis.
Europa (267,8 MTM): Crescimento de 2,7% impulsionado por suínos, bovinos e aquicultura. Limitações estruturais, como políticas de sustentabilidade e redução de rebanhos, podem frear o crescimento.
África e Oriente Médio (95,5 MTM): Maior crescimento percentual global (5,4%), embora partindo de uma base baixa. Restrições hídricas e custos de importação limitaram o avanço no Oriente Médio.
Oceania (11,0 MTM): Crescimento de 2,5%, liderado pelos setores de bovinos e aquicultura. O uso de confinamento é comum na Austrália, mas a queda nos rebanhos da Nova Zelândia freou o crescimento.
Os dados do relatório Agri-Food Outlook 2025 foram coletados no primeiro trimestre de 2025 com o apoio de fábricas de ração e entidades industriais e governamentais. As estimativas visam servir como recurso informativo para o setor. Os números de 2023 foram ajustados com base em informações oficiais atualizadas.
Acesse mais dados e o mapa interativo em: www.alltech.com/agri-food-outlook
Imprensa Alltech | Liana Dobler – Gerente de Comunicações (espanhol e português)
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