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25 Oct 2019

Altas do dólar e do milho inflam custo de produção de suínos

Associação de Criadores em SP alerta para necessidade dos investimentos serem focados em reposição genética, melhoria das instalações e modernização das fábricas de rações com a finalidade de ampliar produtividade do plantel.

A China tem tido uma participação especial quando o assunto é a exportação de carne suína do Brasil, em função dos altos números de casos da peste suína africana que atingiu boa parte do plantel dos chineses.
Apesar dos números significativos da exportação, a situação não é tão confortável quanto era esperado pelo setor. A alta do dólar e do milho inflam custo de produção de suínos e reduzem ganhos esperados com ampliação das compras chinesas.
De acordo com Valdomiro Ferreira – Presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), as expectativas de exportação estavam mais altas. “O crescimento das exportações são bastante interessantes, mas a expectativa era de um volume melhor e mais rápido, isso demonstra um pouco de cautela em relação à produção de suínos no Brasil”, comenta. 
As tabelas de crescimentos da APCS  indicam que até setembro o país exportou 456 mil toneldas de carne suína. “Esse número já foi alcançado em 2016, em 2017 e 2018 ficamos abaixo deste número, portanto o crescimento com base na China volta o Brasil aos números de 2016. A expectativa do setor em função da China é que nós pudessemos ultrapassar a casa de 750 mil toneladas para 2019, o que a gente está imaginando que nós vamos atingir com certeza em 2020”, afirma. 
Os gráficos indicam ainda que o volume de compras da China está crescente. Em 2019 teve um aumento de 34,41% nas compras, mas também ficou abaixo do esperado. “É porque a China fez um grande abate de suíno e acabou estocando carne. A partir de setembro diminuiu o estoque e a China entra no mercado para trazer carnes importadas de outros países. Por isso que nós estamos acreditando nesse último trimestre de 2019 com maiores volumes e principalmente para 2020”, explica. 
O especialista destaca ainda que é preciso que o setor tenha calma e explica que a situação é diferente do que em 2016. Há três anos o país tinha o mercado Russo que representavam cerca de 60% das exportações. Atualmente os números da China representam quase 40%, mas a diferença é que o mercado com chineses pode ser considerado temporário.
“A capacidade de recuperação dos chineses é muito rápida. Por isso que precisamos pensar que nos próximos dois anos o mercado será chinês, porém daqui 3 ou 5 anos já estarão recuperados, China será momentânea. Por isso que o trabalho que as indústrias estão fazendo para conseguir novos mercados é essencial”, afirma. 
A orientação da APCS é que suinocultor tenha cautela e aproveite esse período de lucratividade para organizar as áreas que sofreram com a falta de rentabilidade nos últimos anos. “Que consiga através dessa rentabilidade melhorar suas instalações, melhorar as fábricas de rações e melhorar, principalmente, a reposição genética já que os porcentuais não foram atingidos por falta de capital de giro”, afirma. 
 
Aleksander Horta e Virgínia Alves
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