A alimentação dos recém–nascidos, sejam eles humanos ou animais, influencia totalmente no desenvolvimento ao longo da vida. Todas as mães precisam se sentir à vontade para alimentar seus bebês e estar bem nutridas e saudáveis nessa fase, já que o leite é fonte de nutrientes. Com as leitoas, não é diferente! Saiba o que os produtores devem oferecer a elas nesse importante momento, com as dicas do nutricionista animal Keysuke Muramatsu.
A alimentação dos recém–nascidos, sejam eles humanos ou animais, influencia totalmente no desenvolvimento ao longo da vida. Todas as mães precisam se sentir à vontade para alimentar seus bebês e estar muito bem nutridas e saudáveis nessa fase, já que o leite é fonte de nutrientes. Com as leitoas, não é diferente!
O produtor tem que caprichar nos cuidados com as matrizes em lactação, ou seja, as fêmeas que estão amamentando os filhotes, garantindo o consumo adequado de ração e proporcionando conforto térmico. Confira as orientações dos profissionais:
Estimulando o consumo de ração em dias quentes
Cleisson Trevisan, extensionista de UPD (Unidade de Produção de Leitões Desmamados) de Carambeí (PR), explica que oferecer a quantidade ideal de ração é fundamental para que as matrizes consumam as doses necessárias de proteínas, aminoácidos, sais minerais e vitaminas, mas destaca que o desconforto térmico pode ser prejudicial.
“Com a alimentação adequada, obtemos o melhor desempenho dos leitões na lactação e conseguimos melhorar a ovulação do parto subsequente. No entanto, as altas temperaturas podem prejudicar o processo. O ideal seria manter entre 18 e 22 graus para as fêmeas em lactação, mas em boa parte do ano a temperatura ambiente é superior aos 25 graus. Nesse cenário, o produtor deve adotar estratégias para estimular o consumo”, orienta. De acordo com Cleisson, aumentar os números de trato, explorar os horários mais frescos do dia e também da noite para realizar o manejo e molhar a ração estimulam o consumo.
Calculando o consumo mínimo
O veterinário sanitarista Robson Kretschmer, de Carambeí (PR), ensina a fórmula para calcular o consumo mínimo de ração por matriz, garantindo a produção de uma quantidade de leite satisfatória, além da boa produção reprodutiva no próximo ciclo. “São dois quilos de ração para a matriz e mais 400 gramas para cada leitão mamando. Portanto, para uma matriz com 14 leitões mamando, são fornecidos 2 quilos de ração e mais 5.600 quilos para a leitegada, ou seja, um total de 7.600 quilos de ração para a fêmea por dia”, explica.
Produção de leite
Os produtores devem oferecer ração e água à vontade para as leitoas, mas sempre observando o comportamento individual dos animais para atender às necessidades de cada um deles, utilizando o cálculo do consumo mínimo como referência.
A produção de leite demanda muita mobilização, já que no pico de lactação a matriz chega a produzir de 8 a 10 litros por dia. Por isso, a fêmea precisa consumir uma quantidade alta de nutrientes por meio dos alimentos e da água, ou vai acabar mobilizando muito da reserva corporal”, alerta o nutricionista animal Keysuke Muramatsu.
O processo do parto demora, afinal, estamos falando de uma leitegada de 16 ou 18 leitões, por exemplo. A leitoa precisa se recuperar fisicamente e, aproximadamente cinco dias após o parto, já deve estar consumindo uma quantidade de ração suficiente para atender a demanda dos leitões”, explica Keysuke.
Por: Canal Rural
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