Segundo fato relevante, ações da JBS passam a ser negociadas nos EUA em junho; mudança pode ampliar investimentos e pressionar adoção de padrões globais na nutrição animal
Segundo fato relevante, ações da JBS passam a ser negociadas nos EUA em junho; mudança pode ampliar investimentos e pressionar adoção de padrões globais na nutrição animal
Poucos dias depois de reduzir sua participação acionária na JBS — de 20,81% para 18,18%, com a venda de mais de 58 milhões de ações —, o BNDESPar acompanhou a aprovação, por parte dos acionistas minoritários, da proposta de dupla listagem da companhia nas bolsas de valores de Nova York (NYSE) e São Paulo (B3).
O anúncio foi feito pela JBS em fato relevante divulgado na sexta-feira (23/5). A operação faz parte de uma estratégia de reestruturação societária voltada à internacionalização do capital e à diversificação da base de investidores. A estreia na NYSE está prevista para 12 de junho, enquanto os papéis da empresa passarão a ser negociados na B3, via BDRs da holding JBS N.V., a partir de 9 de junho.
A nova controladora do grupo será a JBS N.V., sediada na Holanda, estrutura escolhida para alinhar a governança corporativa aos padrões internacionais. A empresa informou que os acionistas manterão sua participação econômica proporcional, com exceção das frações e bonificações específicas para a alta administração.
“Com a dupla listagem, buscamos uma estrutura corporativa que reflita melhor a nossa presença global e as nossas operações internacionais diversificadas, além de facilitar a implementação da nossa estratégia de crescimento”, destacou Guilherme Cavalcanti, CFO da companhia.
Além da reorganização societária, a assembleia também aprovou o pagamento de R$ 1,00 por ação em dividendos, totalizando R$ 2,2 bilhões, com crédito previsto para 16 de junho. A J&F e o BNDESPar, acionistas controladores, se abstiveram da votação.
Para o setor de nutrição animal, a movimentação é observada com atenção. A JBS é uma das maiores compradoras de ingredientes, premixes e aditivos do país, com atuação integrada na produção de aves e suínos. Mudanças no perfil de governança e acesso a capital internacional podem acelerar investimentos em fábricas de ração, nutrição de precisão e programas de sustentabilidade.
A empresa também tem influência direta nas exigências técnicas dos fornecedores, na padronização de formulações e no ritmo de adoção de tecnologias. A nova estrutura, mais próxima dos mercados globais, pode pressionar uma maior integração de critérios ESG, rastreabilidade e exigências regulatórias internacionais na cadeia de nutrição animal.
Fonte: Assessoria de Imprensa – JBS
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