23 Feb 2023
Caso de EEB é confirmado e MAPA adota providências
Diante da confirmação de um caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vem adotando todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras.
Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que poderá confirmar se o caso é atípico.
O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado.
“Todas as providências estão sendo adotadas imediatamente em cada etapa da investigação e o assunto está sendo tratado com total transparência para garantir aos consumidores brasileiros e mundiais a qualidade reconhecida da nossa carne”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.
Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira.
O Brasil é considerado território de risco insignificante para a ocorrência do mal da vaca louca, segundo classificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Nas últimas décadas, houve registros apenas de casos isolados da doença, que foram devidamente controlados e eliminados.
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida popularmente como mal da vaca louca, ficou famosa mundialmente após um surto no Reino Unido durante os anos 1990. Houve suspensão do consumo de carne bovina no país. A doença degenera o sistema nervoso dos bovinos, a ponto de alterar o comportamento dos animais, deixando-os agressivos, razão do nome “vaca louca”.
O cérebro dos animais acaba amolecendo, como se fosse uma esponja. A contaminação do gado ocorre por meio do consumo de rações feitas com proteína animal contaminada, como farinha de carne e ossos de outras espécies.
No Brasil, é crime federal alimentar animais ruminantes com cama-de-frango ou com resíduos da exploração de outros animais porque podem conter restos. É proibido, ainda, o uso desse tipo de ingrediente na fabricação de ração para bovinos.
Mais cedo, o governo do Pará havia confirmado o caso de vaca louca no sudeste do estado. A confirmação foi feita pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará). A propriedade foi interditada preventivamente. Segundo o governo paraense, o caso ocorreu uma propriedade que tem 160 cabeças de gado.
Em nota, a Adepará informa que o caso não tem indicações de ter sido gerado por consumo de ração contaminada. “Se trata da forma atípica da doença, que surge espontaneamente na natureza, não causando risco de disseminação ao rebanho e ao ser humano”, cita a nota.
Fonte: Assessoria de Imprensa, com informações de CNN Brasil