Após ter importado em torno de 2,8 milhões de toneladas de carne suína em 2019, a China deve ampliar as importações da proteína em 32,7% até o final do ano, segundo o operador de trading do Ramax Group na China, Gabriel de Freitas. Com esse aumento, o volume de carne importada deve chegar às 3,7 milhões de toneladas.
Freitas explica que esse aumento nas importações é esperado, mesmo com o movimento interno da China para recompor os planteis suínos, reduzidos quase pela metade devido a surtos de Peste Suína Africana.
Desde o início deste ano, houve um aumento de 3,5% no número de cabeças de suínos na China. Pode parecer uma porcentagem pequena, mas em tempo de pandemia, o dado se mostra ainda mais positivo”, disse.
O aumento nas importações se ampara no consumo da proteína favorita dos chineses que segue firme, mesmo em tempo do coronavírus e no pós-pandemia, enquanto as pessoas ainda estiverem inseguras para sair de casa e preferirem a carne suína para cozinhar em casa. Ele cita também a questão da segurança alimentar, questão primordial para o governo do país, e a necessidade de manter os estoques estatais abastecidos.
De acordo com o especialista, o governo também planeja incentivos para aumentar o consumo fora de casa, que é de cortes com maior valor agregado, agora que a China vive o “novo normal”, com ações como a ampliação do período de final de semana, por exemplo.
Com a projeção do aumento nas importações, há também a expectativa de que 2020 seja um ano com mais habilitações de plantas processadoras aptas a exportar para a China. Entretanto, segundo Freitas, o Brasil pode não estar neste cenário, tanto por falas da ministra da Agricultura Tereza Cristina sinalizando que este ano não deve haver mais habilitações quanto a incertezas sobre o coronavírus.
As habilitações devem acontecer principalmente em países que se recuperarem primeiro do coronavírus, e como o Brasil ainda está atravessando esta doença, acredito que a China ainda deva ter desconfianças sobre o país”.
RECUPERAÇÃO NOS PLANTEIS
Após um ano de 2019 com crises relacionadas à Peste Suína Africana (PSA) na China, com planteis reduzidos quase pela metade, Freitas afirma que há incentivos governamentais para que os fazendeiros recuperem os rebanhos.
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