Para ler mais conteúdo de nutriNews Brasil 1 Trimestre 2022
A indústria de produção animal está cada vez mais procurando maneiras de fornecer carne, ovos e produtos lácteos sustentáveis. Isso cria novos desafios e oportunidades: apoiar a saúde e o bem-estar animal enquanto reduz a pegada de carbono, melhorar a eficiência da produçãoe reduzir o uso de antibióticos e, finalmente, melhorar a qualidade geral, mantendo-se economicamente competitivo.
Minerais como cobre (Cu), ferro (Fe), zinco (Zn) e manganês (Mn), são micronutrientes essenciais. Eles não apenas apoiam o crescimento do animal, mas também são necessários para a fertilidade, imunidade e saúde geral.
Em dietas comerciais, os minerais são frequentemente suplementados na forma inorgânica. Esta é uma escolha fácil, pois altos níveis de suplementos são permitidos e geralmente são baratos. Devido à sua biodisponibilidade limitada, são necessárias doses mais elevadas para
atender as exigências. Isso muitas vezes resulta em nutrientes desequilibrados e poluição ambiental.
A suplementação com microminerais orgânicos mais biodisponíveis pode oferecer uma solução melhor para apoiar a sustentabilidade, pois essa escolha faz sentido para todas as partes interessadas ao longo da cadeia de produção de ração até o consumidor final.
SUSTENTABILIDADE NA CADEIA PRODUTIVA
Na produção de premixes, os microminerais orgânicos são garantia de segurança para a saúde dos trabalhadores. Os minerais inorgânicos geralmente são partículas muito finas que podem causar danos aos pulmões se inaladas. Com os tamanhos das partículas maiores, os glicinatos da Pancosma são mais seguros de usar devido à ausência de poeira.
Como a alimentação é, de longe, o componente de maior custo nos sistemas de pecuários, é importante garantir que as dietas sejam formuladas com uma ótima relação custo-benefício. Portanto, os minerais que não têm retorno adequado sobre o investimento são os mais caros, independentemente do custo.
Estudos sugerem que a ligação de Cu, Zn, Fe e Mn com aminoácidos e peptídeos pode aumentar a biodisponibilidade desses minerais. Isso leva a melhores desempenhos gerais, como:
Melhor produção de leite,
Crescimento,
Deposição nos tecidos,
Reprodução e
Estado geral de saúde dos animais.
Além disso, essa biodisponibilidade aprimorada permite que uma redução de até 50% da suplementação mineral dietética seja alcançada, mantendo o desempenho. Portanto, podemos esperar que os animais atinjam facilmente seu potencial genético, minimizando a suplementação e a excreção de minerais. Embora, os minerais não afetem diretamente os parâmetros de qualidade, eles ainda podem influenciá-los.
O Ferro influencia a cor da carne bovina. Cobre, Zinco e Manganês fazem parte do sistema antioxidante e são importantes para a integridade celular (principalmente após o abate para limitar a perda por gotejamento).
Na indústria de laticínios, uma menor contagem de células somáticas foi estabelecida com o uso de Zn orgânico (Wall et al, 2016), resultando em maior produção de leite. Entretanto, atendendo às necessidades fisiológicas básicas, os microminerais essenciais podem desempenhar um papel na redução da suscetibilidade de doenças relacionadas às deficiências e, portanto, contribuir para o bem-estar animal.
Finalmente, os microminerais se acumulam nos tecidos, conforme estabelecido pelo programa de saúde das Nações Unidas (FAO, 2001. Necessidades Humanas de Vitaminas e Minerais – relatório de uma consulta de especialistas da FAO/OMS. Bangkok, Tailândia.). O acúmulo de microminerais nos produtos cárneos atende às necessidades especiais da população.
REDUZINDO O IMPACTO AMBIENTAL
Devido à alta suplementação, os elementos concentrados no esterco acumulam-se no solo, podendo apresentar risco de toxicidade a médio ou longo prazo para plantas e microrganismos. Por exemplo, o Zn atingirá uma concentração de cerca de 200ppm em 120 anos, desde que sua excreção não seja reduzida.
A atividade e a massa microbiana do solo são afetadas adversamente com concentrações ainda mais baixas de Cu e Zn (30 para 50 e de 100 para 200 ppm, respectivamente) (Jondreville et al., 2003). A redução do nível de suplementação de microminerais é uma questão fundamental para estender esse prazo e minimizar o impacto ambiental.
Os minerais orgânicos foram projetados para reduzir as relações antagônicas no trato gastrointestinal e, portanto, aumentar a biodisponibilidade de microminerais. Estudos comparando a biodisponibilidade do glicinato ao sulfato mostraram bons resultados em favor
da fonte orgânica, mantendo desempenho animal.
Em leitões, Männer et al. em 2006, encontraram uma melhora de 31,1% na capacidade de absorção e em ruminantes, Spears et al., em 2004, encontraram uma biodisponibilidade quase duplicada na presença de um forte antagonista. Consequentemente, menos entrada significa menos saída. Devido a essa absorção superior, agora é possível reduzir a dose do suplemento e até aumentar o desempenho do animal.
CONCLUSÃO
Como parte da indústria de rações, os microminerais orgânicos têm muitos desafios a enfrentar. Por fim, eles desempenham um papel importante na sustentabilidade, pois podem ajudar a reduzir o impacto ambiental e produzir produtos de melhor qualidade. Esses atributos respaldam as normas de saúde pública para o consumidor final, além de preservar o bem-estar dos trabalhadores no processo de produção.
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