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A silagem é importante dentro do programa de alimentação de ruminantes, principalmente no período de seca e, em algumas situações, durante todo o ano. Com a atual situação econômica da produção de carne e leite, com margens de lucros apertadas, é fundamental prestar atenção em alguns detalhes durante a colheita da silagem para garantir que o material seja preservado o melhor possível.
A produção de silagem é iniciada na implantação da forragem destinada à ensilagem. Porém, aspectos relacionados à escolha da forragem e inerentes à condução da cultura, não serão abordados. O que vamos abordar neste texto são os fatores relacionados com a colheita. Esses fatores são descritos abaixo:
Preparo dos equipamentos antes da colheita
A manutenção geral, como por exemplo afiar as facas, deve ser feita antes da data prevista para o corte. O conjunto de facas deve ser afiado e regulado para proporcionar corte uniforme do material.
Quando devo iniciar a colheita?
A umidade correta promove uma fermentação favorável na silagem e diminui as perdas no armazenamento. Assim, o teor de umidade da planta deve ser fator determinante para o ponto de colheita. O teor de umidade, ou teor de matéria seca (MS) da forragem no momento da ensilagem influencia, principalmente, dois aspectos do processo de conservação:
Disponibilidade de água para atividade dos microrganismos – proporção de água disponível para crescimento microbiano e reações que possam deteriorar os alimentos.
Perdas na forma de efluente – tem relação com a natureza dos produtos lixiviados e redução na qualidade da silagem.
Forragem ensilada com teor de MS elevado, ou seja, muito úmida, resulta em perdas elevadas por efluentes que contêm compostos solúveis, como açúcares e ácidos orgânicos que são de alto valor nutritivo, reduzindo a qualidade do material conservado.
Além disso, favorece a atuação de microrganismos indesejáveis, especialmente bactérias do gênero Clostridium entre outras, gerando produtos que causam diminuição do consumo dessa silagem.
Já a silagem muito seca, ou seja, com elevado teor de MS, terá problema com a compactação, gerando mais bolsas de ar. Esse processo resulta em vários eventos indesejáveis, determinados pela entrada de ar no silo, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos aeróbios e anaeróbios facultativos, trazendo grandes prejuízos para a qualidade da silagem.
Lembrando que silagem é produto da fermentação da forragem picada em condições de anaerobiose. A fermentação de açúcares por bactérias, com produção de ácidos orgânicos, reduz o pH da massa ensilada, um dos fatores fundamentais para a conservação da forragem ensilado.
O teor de MS adequado para uma boa fermentação varia de 28% a 40%. Esta variável tão importante, pode ser determinada cortando uma pequena quantidade da forragem e usando micro-ondas ou Koster para secagem do material.
No caso da cultura do milho, principal forrageira cultivada para silagem, a identificação do ponto ideal de colheita deve estar em torno de 30 a 35% de MS, estágio atingido quando a linha do leite está entre 1/2 e 2/3 do grão.
Entretanto, somente a visualização da linha do leite não é confiável, pois a linha do leite e o teor de MS nem sempre estão diretamente relacionados. O clima e as condições de cultivo podem alterar o estágio ideal de maturidade para a colheita. Assim, a recomendação é medir o teor de umidade ou matéria seca das plantas representativas.
Tamanho de partícula da forragem
A silagem precisa ser cortada com um tamanho de partícula pequeno o suficiente para uma boa compactação, eliminando rapidamente o oxigênio, estabelecendo um bom processo de fermentação. Ao mesmo tempo, o tamanho de partícula precisa ser grande o suficiente para promover a ruminação dos animais.
Assim, o tamanho de partícula recomendado é um acordo entre esses dois fatores, dependendo da
A decisão do tamanho ideal de partícula passa por uma avaliação bem mais criteriosa do que pensamos. Referências bibliográficas disponíveis mediante solicitação
Uma vez avaliados os aspectos acima, a ferramenta que nós temos para direcionar o tamanho de partículas é o uso das peneiras Penn State Particle Separator (PSPS) , sistema criado pela Universidade da Pennsylvania. Atualmente, o conjunto é composto pelas peneiras com crivo de 19, 8 mm e o fundo.
Além disso, é importante observar a quebra do grão para o seu melhor aproveitamento pelos animais. Se a quebra do grão não for adequada, o equipamento deve ser ajustado. Para testar se está ocorrendo danificação adequada dos grãos, é necessário a coleta de uma amostra representativa da silagem.
É importante também manter as facas afiadas e devidamente ajustadas durante todo o processo. Facas afiadas evitam a trituração inadequada da silagem, resultando em um corte mais uniforme. Isso permite boa compactação da forragem, boa fermentação e tamanho de partícula suficiente para evitar problemas de saúde nos ruminantes.
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