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Exportações de peixes brasileira continuam crescendo

29 Apr 2022

Exportações de peixes brasileira continuam crescendo

As exportações de peixes brasileira seguem com crescimentos expressivos. No primeiro trimestre deste ano, foram 46% maiores, em toneladas, do que no mesmo período de 2021. Em valores financeiros totais, o aumento foi muito maior: 119%.

Respectivamente, as exportações brasileiras de peixes somaram 2,5 mil toneladas e U$ 7 milhões entre janeiro e março deste ano. Essas e outras informações estão disponíveis em boletim sobre o comércio exterior da piscicultura nacional.
A tilápia segue como a principal espécie não apenas como volume produzido, mas também como exportado pelos piscicultores no país. Foram U$ 6,8 milhões de movimentação, que correspondem a 97% de toda a exportação nacional de peixes no primeiro trimestre de 2022.

Comparando-se essa exportação específica da tilápia com a verificada no mesmo período do ano passado, constata-se um crescimento de 166%.
Com tamanha relevância da tilápia para a piscicultura nacional, percebe-se uma tendência de que a espécie se transforme em uma commodity no mercado internacional.

“Acredito que a popularização do consumo da tilápia brasileira no mercado internacional poderá contribuir positivamente para o desenvolvimento da cadeia, pois ajudará a consolidar a posição do Brasil como player mundial”, afirma Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) na área de economia aquícola.

Mas ele faz uma alerta: “No entanto, isso exigirá preços competitivos e um elevado padrão de qualidade da tilápia brasileira, relacionado a aspectos como controle sanitário, marketing e questões ambientais”.
Em outras palavras, se há um sólido crescimento na produção e na exportação da espécie, é necessário que o país esteja atento a outras questões relacionadas à tilápia para que esses bons números ocorram num ambiente de efetivo desenvolvimento da cadeia produtiva.

Valor agregado e perspectivas

O crescimento nas exportações brasileiras da piscicultura, durante o período analisado, foi muito maior em valores financeiros do que em toneladas. Manoel contextualiza a situação:

“O aumento das exportações de produtos da piscicultura com maior valor agregado levou a um maior crescimento em dólar do que em toneladas. Destaca-se o aumento das vendas de filés e peixes inteiros congelados, que cresceram respectivamente 262% e 475% no primeiro trimestre de 2022. Por outro lado, produtos com menor valor agregado, como óleos e gorduras e aqueles impróprios para alimentação humana (ex: farinhas de peixe), apresentaram queda nas vendas no período”.

E, para os próximos meses, um fator importante a ser acompanhado é o desenrolar do conflito entre Rússia e Ucrânia. Num mundo extremamente globalizado, como não poderia deixar de ser também a piscicultura convive com suas consequências.
Segundo Manoel, “um dos principais impactos que o conflito entre Rússia e Ucrânia tem causado à piscicultura está ligado ao aumento do preço dos combustíveis, o que levou a uma elevação nos custos dos insumos tais como ração”. Ele segue dizendo que, “no que se refere às exportações brasileiras da piscicultura, percebe-se um efeito direto no aumento do preço do frete, seja aéreo ou marítimo”.

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Boletim informativo

Os números fazem parte do informativo Comércio Exterior da Piscicultura e têm como fonte o Comex Stat, portal do Ministério da Economia que divulga estatísticas relacionadas a comércio exterior.
Editado a cada três meses, o informativo começou no início de 2020, está em sua nona edição e é elaborado por meio de parceria entre a Embrapa Pesca e Aquicultura e a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
A publicação é resultado do BRS Aqua, o principal projeto da Embrapa na área de aquicultura, e compõe o Centro de Inteligência e Mercado em Aquicultura, o CIAqui, também resultado do mesmo projeto. O BRS Aqua envolve mais de 20 Unidades e cerca de 270 empregados da Embrapa, além de bolsistas.
Destacam-se no projeto o forte caráter estruturante (por meio dele, a empresa está aumentando sua infraestrutura de pesquisa em aquicultura) e a formação de recursos humanos especializados em aquicultura, sobretudo em função das bolsas disponibilizadas.
São três as fontes de financiamento do BRS Aqua:
O Fundo Tecnológico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Funtec / BNDES);
A Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAP / Mapa), cujo recurso está sendo operacionalizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq);
E a própria Embrapa.

A liderança do projeto está a cargo das pesquisadoras Lícia Lundstedt, da Embrapa Pesca e Aquicultura (que também é chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento desta Unidade), e Angela Furtado, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro-RJ).

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