“Alguns Estados têm até três safras. Isso representa um déficit competitivo para nós. O aumento da produção no inverno vai aumentar a rentabilidade do produtor e a balança comercial do RS,” explicou o economista da Farsul.
Iniciado no fim de 2020, movimento de incentivo à produção de cereais de inverno teve liderança do ex-ministro Francisco Turra, pela ABPA, e uniu setores da indústria e produção de grãos no Sul do país
Um movimento iniciado no fim de 2020 e que, até o momento, contabiliza resultados como incremento de 50% na safra de trigo do Rio Grande do Sul, 70% da safra do mesmo grão em Santa Catarina e possibilidades como plantio de milho em terras baixas, no extremo sul do país, foi apresentado como case de sucesso durante o Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura (SIAVS) 2022, no Anhembi Parque, em São Paulo (SP).
Os resultados foram motivados por uma demanda de agroindústrias produtoras e exportadoras de aves e suínos, apoio científico de pesquisadores para equivalência nutricional de grãos de inverno para ração animal e o desejo do RS e de SC de aumentar o número de safras e a produtividade agrícola.
A mesa redonda reuniu líderes das entidades promotoras: Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Embrapa Trigo, Federação da Agricultura do RS (Farsul) e Federação de Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro/RS), além de um representante da indústria.
Entre os desafios destacados pelas lideranças estão retomar a produtividade agrícola, especialmente em relação a capacidade de abate de aves e suínos de RS e SC em relação ao Paraná, por exemplo, que conta com duas safras consolidadas para abastecimento interno e externo.
“Alguns Estados têm até três safras. Isso representa um déficit competitivo para nós. O aumento da produção no inverno vai aumentar a rentabilidade do produtor e a balança comercial do RS,” explicou o economista da Farsul.
O chefe-geral da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), Jorge Lemainski, apresentou estudos de aumento de produtividade recente do trigo e equivalência nutricional do grão não-destinado aos moinhos para panificação, mais resistente, para alimentação de aves e suínos, similar ao do milho, que compõe a maior parte da ração animal. Este último estudo foi validado pela parceria com a Embrapa Suínos e Aves, de Chapecó (SC).
Feltraco, da FecoAgro RS, trouxe dados sobre o cooperativismo gaúcho e o incremento de produtividade durante a safra de inverno, especialmente após as quebras do milho. Trevisan, da Seara, trouxe a alta demanda da indústria frente a necessidade de redução de custos de logística.
Turra lembrou a oportunidade única que a vocação agrícola do Brasil e dos Estados do Sul do país tem diante da missão de alimentar 9,7 bilhões de pessoas no mundo até 2050.
“Temos uma demanda global da qual não podemos declinar. Precisamos construir alternativas para abastecer o país e o planeta, de maneira regenerativa e sustentável. E somente com a união de todos os setores da cadeia produtiva conseguiremos isso,” declarou. Ao final, o ex-ministro deu placas de homenagem aos integrantes do movimento.
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