Trouw Nutrition aponta contexto global e mudanças climáticas no aumento da incidência de micotoxinas no mundo | Especialista da empresa defende programa de gerenciamento de micotoxinas na produção animal para atingir melhor desempenho
Trouw Nutrition aponta contexto global e mudanças climáticas no aumento da incidência de micotoxinas no mundo | Especialista da empresa defende programa de gerenciamento de micotoxinas na produção animal para atingir melhor desempenho
Perda da eficiência produtiva, danos à saúde animal e até mortalidade em casos mais graves são algumas das consequências da incidência de micotoxinas na nutrição animal.
Produtos secundários de fungos presentes naturalmente em produtos agrícolas, principalmente nos grãos, tanto de origem no campo, como durante o armazenamento e também nas forragens, o que leva a contaminação da ração por micotoxinas podendo gerar grandes perdas econômicas.
Nos últimos anos foi observado um aumento da prevalência das micotoxinas no mundo, acendendo o sinal amarelo entre os pesquisadores. Para se ter uma ideia, o assunto foi discutido durante a última edição do The World Mycotoxin Forum, o mais importante do mundo, realizado na Áustria. Enquanto se acreditava na existência de cerca de 600 tipos de micotoxinas diferentes no mundo, cientistas destacaram que já são mais 700 micotoxinas, surpreendendo os participantes.
De acordo com os pesquisadores, o crescimento da incidência e o surgimento de novas micotoxinas são consequências diretas do contexto global e das mudanças climáticas. O zootecnista e gerente Técnico Global de Micotoxinas da Trouw Nutrition, Daniel Miranda, explica que as micotoxinas são metabólicos químicos produzidos pelos fungos, muitas vezes como mecanismo de defesa.
“Tudo que pode estressar o fungo produz micotoxinas, seja muita umidade, baixa umidade e assim por diante. Cenários como o aumento das queimadas e até mesmo a guerra na Ucrânia, que impacta a atmosfera ambiental de um grande produtor de grãos, trazem mais desafios para a definição das estratégias e, principalmente, no aumento da demanda de novas pesquisas”, salienta Miranda, reforçando a complexidade do problema.
Neste cenário, ele reforça a importância de produtores implementarem um programa de gerenciamento de micotoxinas na nutrição animal para aumentar a eficiência produtiva dos animais no campo e, consequentemente, melhorar a rentabilidade do produtor.
“É importante que o produtor considere ter um programa de gerenciamento de micotoxinas, assim como os programas de saúde intestinal e vacinação, por exemplo. Isso porque a incidência de micotoxina pode afetar o sistema produtivo de maneiras diferentes e levar a perdas significativas”, pontuou o especialista.
Para ele, o primeiro ponto é compreender o real desafio de cada empresa. “Cada região tem um desafio diferente, por isso é essencial ter um banco de dados com análises para micotoxinas dos ingredientes recebidos. Assim é possível entender o desafio enfrentado e criar estratégias com soluções que se adequem à realidade de cada empresa”, disse. Miranda reforça a importância de controlar as micotoxinas diante do papel de destaque da produção brasileira em nível global, especialmente nas exportações de grãos e carnes.
Tecnologias de mitigação
Estratégias para reduzir o impacto negativo das micotoxinas na produção animal contam com um arsenal de tecnologias avançadas.
Estas estratégias incluem diversas categorias de minerais, leveduras e seus derivados, enzimas e fitocomplexos por exemplo, sendo que cada uma dessas abordagens oferece um mecanismo único para neutralizar ou reduzir os efeitos nocivos dessas substâncias.
“O aumento da prevalência e contaminação dos grãos com múltiplas micotoxinas nos indica que para uma boa estratégia de mitigação, se faz necessária a combinação de diferentes tecnologias. Nessa empreitada, a inteligência artificial (IA) emerge como uma ferramenta poderosa. A IA tem sido explorada na modelagem matemática para auxiliar na interpretação e na predição da incidência de micotoxinas, com base em históricos de análises de cada país, região ou até mesmo de empresas produtoras de proteína animal.
Isso significa que a IA pode estimar a contaminação com base em padrões históricos, otimizar estratégias de mitigação em tempo real e, em última instância, reduzir custos operacionais através de decisões mais assertivas baseadas em dados. É a tecnologias a serviço da segurança do alimento e da eficiência produtiva”.
Assessoria de Imprensa
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