08 Dec 2021

Óleos essenciais melhoram a utilização de proteína em vacas leiteiras

A quantidade de proteínas  necessária para o crescimento, desenvolvimento, e no caso de vacas em lactação, síntese do leite pela glândula mamária, é determinada pela quantidade de aminoácidos (AA) absorvidos no intestino delgado (Proteína Metabolizável). Esses aminoácidos possuem três fontes distintas:

  • Proteína microbiana produzida no rúmen através da proteína degradável no rúmen (PDR);
  • Proteína que passa intacta pela fermentação ruminal, a qual é fornecida pela dieta, também chamada de proteína não degradável no rúmen (PNDR) ou proteína bypass;
  • Proteína de origem endógena.

A participação da PNDR nas dietas de vacas em lactação é fundamental para alcançar níveis adequados de proteína metabolizável. Há  situações em que a quantidade de amônia liberada no rúmen a partir da degradação das proteínas degradadas no rúmen pelos microrganismos ruminais é maior que a capacidade de utilização e incorporação como proteína microbiana.
Essa amônia excedente é removida do rúmen, excretada na urina ou reciclada para o rúmen. É interessante que parte desse nitrogênio excedente liberado no rúmen seja transformado em PNDR e absorvido no intestino.
O farelo de soja é fontes de proteína mais utilizada na dieta de gado leiteiro. Através de tratamentos químicos (por exemplo, com formaldeído), o teor de proteína degradável no rúmen pode ser diminuído.
Estudos avaliaram o tratamento do farelo de soja com aditivo composto pela mistura de eugenol (óleo de cravo), timol (óleo de tomilho ou orégano) e outros óleos essenciais. A utilização dessa blend de óleos essenciais  pode ser uma alternativa natural para o processamento químico do farelo de soja.
Para avaliar o efeito desse blend  no desempenho e na eficiência do uso de nitrogênio, um ensaio foi conduzido com 45 vacas leiteiras.
Os  tratamento foram:
Dieta de controle negativo com farelo de soja (1,4 kg MS/vaca/d)
Dieta de controle positivo com farelo de soja tratado com formaldeído ( 1,2 kg MS/vaca/d)
Dieta de tratamento com farelo de soja suplementado com o blend de óleos essenciais (1,4 kg MS/vaca/d). As dietas foram isoproteicas (15%PB).
O consumo total de matéria seca das vacas no ensaio de desempenho foi de 22,6 kg/vaca/d para todos os tratamentos. Apesar de não haver diferença na produção de leite entre os tratamentos, o teor de proteína do leite foi menor quando as vacas foram alimentadas com farelo de soja tratado com formaldeído.

O nitrogênio ureico no plasma de vacas alimentadas com farelo de soja tratado com o blend foi menor. A concentração de amônia no fluido ruminal tendeu  ser menor para o animais que consumiram ambos farelos de soja tratados em comparação com controle.

A digestibilidade aparente do trato total dos nutrientes (MS, PB, FDN e digestibilidade do amido) não diferiu entre os tratamentos.
O tratamento do farelo de soja com blend de óleos essências tem implicação na fermentação proteica ruminal, resultando em menor amônia ruminal e ureia sanguínea. Esse processo melhora o balanço de nitrogênio pelos ruminantes, aumentando o N retido como produto animal e diminuindo as perdas desse nutriente para o ambiente.
Clique aqui para saber mais sobre a implicação de outro aditivos fitogênicos na nutrição de ruminantes.

Fonte: Treatment of soybean meal to improve protein utilization by dairy cows.

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ISSN 2965-3371

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