A bioinformática está cada vez mais presente em todas as etapas, desde a pré-produção, na produção e também nas etapas de comercialização, armazenamento, distribuição e logística, como forma de agregar mais valor à cadeia produtiva”, apontou. Massruhá citou o Tambaplus, sistema apresentado na Agrotins e que permite a redução de perdas de produtividade a partir do planejamento racional de cruzamentos. A tecnologia contou com suporte da computação para ser desenvolvido, lembrou.

A despeito das vantagens da agricultura digital, a sua mais ampla adoção no agro brasileiro enfrenta muitos desafios num país continental, diverso e com desigualdades regionais como o nosso. Mas a situação que aparentemente demoraria décadas para acontecer nesse campo da inovação começou a virar realidade com a chegada do novo coronavírus.
A pandemia funcionou como um acelerador de futuro e muitas tecnologias tiveram de ser incorporadas por produtores em questão de meses”, aponta a pesquisadora. Como exemplos disso, a especialista citou a recente capacitação on line para técnicos da Conab sobre o uso do WebAgritec, um sistema de planejamento e monitoramento da safra, e também a adoção pelo Banco Central do Sistema de Análise Temporal da Vegetação (SATVeg) para que agentes do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), impossibilitados de efetuar a comprovação presencial de perdas agrícolas, possam fazer a fiscalização via web.