Rações formuladas para produção de tilápia podem reduzir em R$ 30 mil os custos do piscicultor
Pesquisadores do Instituto de Pesca (IP-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, formularam três tipos de ração para produção de tilápia para pequeno produtor de Zacarias, no interior paulista. A partir da nova formulação, é possível reduzir em até R$ 30 mil os custos com alimentos para criar 100 toneladas de tilápia. Outras vantagens foram:
A ação do IP faz parte de uma entrega tecnológica dos Institutos de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura, para o setor produtivo. Neste ano, os Institutos devem disponibilizar o total de 50 tecnologias para o agro paulista e brasileiro nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos. Até 2022, a meta é entregar 150 soluções.
De acordo com o pesquisador do IP, Eduardo Abimorad, os custos com ração em um empreendimento aquícola em sistema intensivo podem chegar a representar 70% dos valores totais de produção. Por isso, alguns piscicultores considerados médios, ou seja, que produzem cerca de 100 toneladas por ciclo, vêm se interessando em investir em equipamentos para manufaturarem seus próprios produtos.
Este é o caso de Sergio Moura, piscicultor do interior paulista, que percebeu, em conjunto com o seu irmão e sócio, a vantagem de comprar equipamentos e passar a produzir a ração para os peixes dentro da propriedade. “Comecei a pesquisar e cheguei ao Instituto de Pesca. Conversei com o Eduardo Abimorad e ele formulou as rações para a nossa propriedade, dando opções de componentes para substituição”, conta.
Segundo o pesquisador do IP, o interesse dos produtores é a redução nos custos. Para se ter uma ideia, nestes novos produtos disponibilizados pelo IP, é possível economia de R$ 0,20 por quilo de ração, o que levando em conta ao volume usado por ciclo de produção de tilápias, gera redução de R$ 30 mil, valor que pode ser alterado em decorrência do preço dos insumos.
Para a formulação das três rações entregues à Sergio, foi levado em conta as particularidades de sua criação de tilápias em tanques-redes, como manejo adotado, além dos equipamentos utilizados para a fabricação, a dinâmica para confecção do produto, a composição bromatológica e os preços das matérias-primas.
Com as fórmulas em mãos, o piscicultor espera se recuperar dos danos causados pela Covid-19 para continuar as atividades. “Consigo na minha região mesmo achar todos os produtos necessários. A lista de componentes que pode ser substituído é muito boa, porque podemos levar em conta o preço dos produtos para produzir a ração, mas nunca deixando de lado a qualidade. Além de economizar, sabemos exatamente o que os peixes estão comendo”, conta.
Por Fernanda Domiciano | Assessoria de Imprensa – APTA
Assine agora a revista técnica de nutrição animal
AUTORES
Como o El Niño pode afetar a produção de grãos no Brasil
Felippe ReisCritérios de escolha de alimentos alternativos para rações – Parte I
Taynara Prestes PerineNão é apenas uma coleção de micróbios: o microbioma é um órgão das aves
Ricardo SantosInfluência dos antioxidantes e vitamina A na produção de ovinos
Laís Santana Celestino MantovaniNovas abordagens para avaliar a eficácia dos adsorventes de micotoxinas
Abdelhacib KihalUso do prebiótico UNIWALL® MOS 25 e seus benefícios na qualidade de ovos
Patrick RoieskiA Importância dos minerais para cães e gatos e seus efeitos durante a extrusão
Karla Gabriela MemareDesvendando o potencial do sorgo na nutrição de aves e suínos
Vivian Izabel VieiraO papel funcional da metionina em vacas leiteiras em transição
Rodrigo de AlmeidaResiliência Agropecuária
Ariovaldo Zani