Conforme o estudo, o primeiro semestre na China deve ser de continuidade no declínio de produção de suínos, o que deve ser revertido na segunda metade do ano. Somado à PSA, o país enfrenta um surto do novo coronavírus (Covid-19), que prejudica as importações feitas pelo país. Entretanto, no segundo trimestre a situação deva começar a se normalizar.
De acordo com Lopes, como a PSA está começando a ser melhor compreendida pelos suinocultores chineses, inclusive com redução no número de novos casos, segundo o Rabobank, o país asiático começa agora a repovoar as granjas. Entretanto, até que os novos animais estejam preparados para o abate, leva tempo, o que deve começar a acontecer no fim de 2021.
Por conta disso, a China deve continuar sendo protagonista nas importações de proteína animal ainda no médio prazo, conforme o presidente da ABCS afirma. “Nós tínhamos uma perspectiva de melhora nas exportações de carne suína para a China em abril/maio, mas por causa deste surto do coronavírus, da dificuldade logística, acredito em uma retomada mais forte a partir do segundo semestre”, explica.
Para Lopes, a crise pela qual o país asiático passa é tão severa que, mesmo com o acordo comercial celebrado entre China e Estados Unidos, ainda há espaço para o produto brasileiro, que conta com um status sanitário diferenciado e já tem espaço consolidado no mercado externo.
“Neste primeiro momento, há o problema da logística, com cargas paradas nos portos, mas aqui no Brasil já temos contratos fechados com a China, e aguardamos a normalização para embarques”, conta.
Mercado Interno
De acordo com Lopes, é justamente essa grande demanda no mercado externo pelo suíno brasileiro que tem sustentado os preços internamente.
“Em janeiro nós vimos preços mais baixos, em fevereiro os valores melhoraram, e o que deve se seguir daqui para frente é um movimento de sustentação de preços”.