Resíduos da produção de tilápias: alternativa sustentável em alimentos para gatos
A utilização de ingredientes de qualidade na formulação de dietas para animais de companhia resulta na sua eficiência em suprir as exigências nutricionais em todas as fases da vida do animal.
Quando falamos em farinhas de peixe, para nutrição animal, um dos principais pontos de qualidade do produto é o cuidado para que não ocorra peroxidação lipídica.
As farinhas de peixe apresentam elevados níveis de ácidos graxos poli-insaturados, maiores cuidados devem ser tomados, por serem mais susceptíveis à contaminação e deterioração através da oxidação. No produto podem-se formar cetonas, aldeídos, entre outros, que caracterizam a rancificação e oxidação desse produto, afetando diretamente sua qualidade e em casos extremos inviabilizando o seu uso ou consumo destes ingredientes (Petenucci et al., 2010; Chambo, 2018).
A pesca e a produção aquícola atingiram um recorde histórico de 214 milhões de toneladas no ano de 2020. Podemos estimar que cerca de 30% desse percentual representam os resíduos remanescentes da indústria, os quais são destinados à produção de farinha, óleo e silagem de peixe para utilização em inúmeras vertentes, principalmente como matéria-prima na alimentação animal.
O Brasil está entre os países de maior potencial aquícola por ser um país de clima tropical, e apresentar grande abundância de água ideal para o cultivo. Assim, o país se tornou um dos 10 maiores produtores de tilápia no mundo, e em 2021, foram produzidas 534.005 toneladas do peixe no país, tendo a produção de tilápia respondido por 63,5% da produção nacional de peixes de cultivo, sendo o estado do Paraná o grande produtor e o responsável por 182.000 toneladas.
A grande demanda de mercado contribui para o aumento da tilapicultura e isso se deve a características que a espécie possui, destacando-a no mercado, tais como:
Apesar destas vantagens a tilápia apresenta um baixo rendimento de filé, entre 30 e 40%, e assim sua produção acaba gerando um grande montante de resíduos na filetagem, sendo considerado como um fator indesejável na produção, fazendo com que as indústrias disponham de alternativas para o descarte ou reutilização destes resíduos, que respondem por cerca de 70% da tilápia garantindo assim sua produção (Vidotti et al., 2011; Souza et al., 2017).
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