Objetivo do estudo conduzido na APTA Regional de Colina é que as fêmeas estejam prontas para emprenhar em 14-15 meses, […]
Objetivo do estudo conduzido na APTA Regional de Colina é que as fêmeas estejam prontas para emprenhar em 14-15 meses, quando o normal no Brasil é 24 meses
Pesquisadores da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo desenvolvem estudo científico para criação de um sistema que permita a produção de novilhas precoces, ou seja, que consigam emprenhar com até 14-15 meses, quando o normal no Brasil é aos 24 meses. As vantagens são a redução do tempo para prenhez das fêmeas e, consequentemente, maiores lucros aos produtores de gado de corte do Brasil, mantendo todas as práticas preconizadas de bem-estar animal. A tecnologia desenvolvida pela APTA Regional de Colina será entregue ao setor produtivo neste 27 de maio, às 19h30, em live a ser realizada no Youtube da Secretaria de Agricultura. Outras duas lives estão programadas sobre esse assunto para que as informações sejam transferidas aos pecuaristas.
A produção precoce é alcançada com a utilização de suplementação na alimentação dos animais. Laura explica que para os estudos foram testados três tipos de estratégias: o confinamento dos animais e dois níveis de suplementação diferentes.
Fêmeas precoces para o mercado gourmet
As fêmeas que apesar de atingir o peso necessário não conseguirem emprenhar também podem ser usadas para aumentar os lucros dos produtores. A APTA desenvolve trabalho para engorda desses animais para um abate precoce. Estas fêmeas que não emprenharam são mantidas em um sistema de terminação intensiva a pasto, favorecendo a venda da carne no mercado gourmet.
Laura explica que as fêmeas têm mais facilidade para deposição de gordura, uma característica importante para esse nicho de mercado e possuem menos problemas de pH. “Por terem essa facilidade, podemos engordar com suplementação as fêmeas que não emprenharam, abatendo esses animais também jovens, com 19 meses”, afirma.
Para o mercado gourmet, alguns frigoríficos exigem que os animais tenham no mínimo 3 mm de gordura até quatro dentes e peso acima de 13 arrobas. “As fêmeas precoces se encaixam nessas exigências. Com isso, os produtores conseguem agregar valor ao produto e os consumidores podem obter carne mais macia e de melhor qualidade”, explica a pesquisadora.
APTA Colina é o berço do Boi 777
A APTA Regional de Colina é reconhecida em todo o Brasil como o berço do Boi 777. O sistema de produção de bovinos desenvolvido na unidade de pesquisa é adotado por produtores de gado de corte de todo Brasil, por conta de suas vantagens econômicas. O sistema preconiza a produção de um gado de 21 arrobas em até dois anos, quando normalmente leva-se até três anos para produzir um gado de 18 arrobas. A meta é que o animal alcance sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, daí deriva o nome “Boi 777”. O método pode aumentar em 30% os lucros dos pecuaristas e tem revolucionado a pecuária nacional, sendo adotado em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia – principais regiões produtoras de gado de corte.
Live – “Projeto Boi 777: inovações para produção de carne de fêmeas precoces”
O pacote tecnológico para se atingir esses resultados começaram a ser entregues aos produtores rurais em uma live realizada em 27 de maio, às 19h30, no Youtube da Secretaria. Este é o primeiro evento, de uma série de três, sobre o assunto.
A live será conduzida por Gustavo Junqueira, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, e contará com a participação de Flávio Dutra de Resende e Gustavo Rezende Siqueira, pesquisadores da APTA Regional de Colina, além de Fabiano Tito Rosa, diretor de Compra de Gado da Minerva Foods, e Bruno Di-Rienzo, gerente de demanda da Biogénesis Bagó Brasil.
Os participantes abordarão de forma técnica e didática de quatro pontos importantes na produção de fêmeas jovens: mercado de carne; sanidade, principalmente na fase de engorda; intensificação nas fases de cria e recria; e o que fazer com a fêmea que ficou vazia após a estação de monta.
Esta é mais uma entrega tecnológica dos Institutos de Pesquisa ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria. Essas entregas fazem parte de um programa do Governo do Estado de São Paulo, que coloca como meta a disponibilização de 150 soluções tecnológicas pela APTA até 2022. Só neste ano, serão mais de 50 nas áreas de agricultura, pecuária, sanidade animal e vegetal, pesca e aquicultura, economia e processamento de alimentos.
Fonte: Fernanda Domiciano | Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)
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