Setor pet sofre com alta de preço de commodities

11 Apr 2022

Setor pet sofre com alta de preço de commodities

Setor pet sofre com alta de preço de commodities

Em 2021 faturamento subiu 32,3% apoiado em inflação. Farinhas de proteína animal, milho, arroz, trigo e soja têm aumento médio acumulado de mais de 100% entre 2020 e 2021. Proteínas de origem animal que atingiram mais de 160% de aumento

Apesar de não sofrer com desabastecimento, ou com falta de compradores desde o começo da pandemia, o setor pet atravessou 2021 ainda sob efeitos adversos. Dessa forma, o faturamento de R$ 35,8 bilhões — ou seja, 32,3% sobre 2021 — não significa crescimento real o do setor.
De acordo com a AbinpetAssociação Brasileira de Produtos para Animais de Estimação, o setor, e notadamente, a produção de pet food, tem absorvido altas do preço das commodities no mercado internacional, afetado também pela cotação do dólar.
Entre 2020 e 2021, a soja, por exemplo, teve alta de 40%. Milho, 57% e o trigo processado, 21% de alta. Já as proteínas de origem animal, também amplamente utilizadas na produção de pet food chegaram a registrar mais de 160% de aumento.

“A indústria atende um mercado resiliente. Dessa forma, as famílias que possuem pets em casa não deixam de comprar os produtos, mesmo quando são obrigadas a optar por um produto mais em conta — comenta o presidente-executivo da Abinpet, José Edson Galvão de França — mas, para não penalizar demais o consumidor, o setor tem absorvido muito da alta dos custos. Dessa forma, estamos em um cenário de estagnação. As empresas têm dificuldade em crescer, aumentar o parque industrial ou a geração de empregos pois há pouco espaço para investir”.
Números da indústria pet por segmento

O alimento completo industrializado (pet food) representa 78% da receita (R$ 28,1 bilhões); produtos veterinários (pet vet), 15% (R$ 5,3 bilhões) e produtos de higiene e bem-estar animal (pet care), 7% ou R$ 2,3 bilhões. Os dados não levam em conta as movimentações de serviços gerais, serviços veterinários e venda de animais.
O balanço completo do ano de 2021 calculado pela Abinpet confirma o crescimento do pet food na casa dos 33%, mas a defasagem em relação aos preços das matérias-primas é de cerca de 40%. Ou seja, para os produtores de alimento completo para animais de estimação, os gastos cresceram mais do que o faturamento.

“Mesmo com o aumento de 15% na produção em 2021, chegando a 3,62 milhões de toneladas, os custos pressionam muito o setor”, comenta Galvão de França.

Outros segmentos registraram crescimento de faturamento, isoladamente, de 14% (pet care) e 11% (pet vet).

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Tributação ainda é gargalo

Para a Abinpet, uma das alternativas do setor frente à alta do dólar e o custo das commodities seria a diminuição da carta tributária imposta ao setor. O total corresponde a 51,2% (para pet food, produto mais procurado, é 54,2% sob o valor total), fazendo com que o crescimento real do setor seja baixo ou mantenha a indústria estagnada.

Mercado internacional

Cresceu o volume de produtos enviados pela indústria pet brasileira para fora. De 2020 para 2021, a alta foi de 33%, impulsionada principalmente pelo pet food, 95% das exportações. Ao todo foram exportados US$ 412,5 milhões ante os US$ 310,5 milhões de 2020. O crescimento é relevante principalmente quando comparado com o valor registrado ainda em 2019, US$ 295 milhões. Pet care representa 3% das remessas, animais vivos 1,5% e pet vet 0,5%.
As importações brasileiras de pet food chegaram a US$ 14,8 milhões em 2021, alta de 58,7% em relação a 2020. Os principais fornecedores foram Áustria, Hungria e Tailândia. O produto é destinado à alimentação de cães e gatos, acondicionado para venda a retalho.

Sobre a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) representa uma indústria que congrega os segmentos pet food (alimento e ingredientes), pet vet (medicamentos veterinários) e pet care (equipamentos, acessórios e produtos para higiene e beleza).
A entidade fortalece o setor por meio de ações que contribuem para o desenvolvimento de seus associados. Também atua para aumentar a percepção de que os benefícios da relação entre seres humanos e animais de estimação se estendem à toda a sociedade.
Além disso, é cada vez maior a participação do setor na economia nacional e, por isso, é parte relevante do agronegócio; cerca de 73,9% do faturamento é proveniente dos produtos para nutrição animal, cuja composição é 95% agropecuária, com ingredientes como:

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Todos os produtos da indústria de alimentos e medicamentos veterinários são fiscalizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), na Secretaria de Defesa Agropecuária (DIPOA e Vigiagro).

Fonte: Assessoria de Imprensa

 

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