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05 Dec 2024
Sindirações divulga a prévia do balanço 2024 do setor de alimentação animal
Sindirações divulga a prévia do balanço 2024 do setor de alimentação animal | Avanço estabelecido nos últimos meses possibilita uma previsão na ordem de 90 milhões de toneladas de rações, concentrados e suplementos minerais e atingir um crescimento de 2,7% em 2024
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) divulga a prévia do balanço 2024 do setor de alimentação animal, acumulando, de janeiro a setembro, mais de 64 milhões de toneladas e revelou-se 1,6% superior ao mesmo período do ano passado.
O ritmo de crescimento durante esse ano vem ganhando tração quando observadas as marcas nos intervalos apurados, ou seja, o retrocesso de 1,1% (2º Tri/24 vs. 1º Tri/24) foi sucedido pelo robusto avanço de 8,9% (3º Tri/24 vs. 2º Tri/24). O incremento apurado ao longo dos últimos meses permite inferir que a produção possa alcançar 90 milhões de toneladas de rações, concentrados e suplementos minerais e vislumbrar um crescimento na ordem de 2,7% em 2024.
PRODUÇÃO RAÇÕES/2024* (milhões toneladas)
*exceto equinos e outros | Fonte: Sindirações
“A perspectiva no horizonte anual ainda reserva variações, à exemplo do incremento das rações para poedeiras, bovinos de corte e aquacultura, ao contrário da expectativa mais moderada em relação à alimentação industrializada do plantel leiteiro, das aves e dos suínos”, avalia Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.
De acordo com o Sindirações, “o desempenho do agronegócio nacional registra, sob o prisma doméstico, pontos fortes como safras suficientes, aumento da adição de biodiesel de soja e melhora nos resultados operacionais dos frigoríficos, mas que contrastam com fraquezas conjunturais e estruturais como as adversidades climáticas, catástrofe no Rio Grande do Sul, atraso na compra de fertilizantes e capacidade estática de armazenamento.
No âmbito externo, várias oportunidades como desvalorização cambial para exportações, ampliação e abertura de novos mercados competem com flagrantes ameaças oriundas da desaceleração do consumo global e chinês, pressão ambiental dos ativistas e retomada de alta no preço dos fretes marítimos”, analisa Zani.
A demanda de rações para frangos de corte alcançou 27,5 milhões de toneladas. Montante praticamente estável (janeiro a setembro/24 vs. janeiro a setembro/23), enquanto a previsão é alcançar 37,1 milhões de toneladas e então avançar 1,8% ao longo de 2024.
- O mesmo raciocínio aplicado às demais espécies estabelece a seguinte relação: para as poedeiras 5,5 milhões de toneladas até e avanço de 6,2% até setembro; 7,35 milhões de toneladas com incremento de 6,5% no ano.
Para suínos resultado de 16 milhões de toneladas e crescimento 1,1% no 3º Tri 2024; e 21 milhões de toneladas e crescimento de 1% no ano.
Em relação aos bovinos de corte, 5,1 milhões de toneladas e 6,8% no 3º Tri 2024; e 7,0 milhões de toneladas e evolução anual de 7%. Para bovinos de leite, aproximadamente 5 milhões de toneladas e avanço de 1,1% no 3º Tri 2024; e 6,8 milhões de toneladas e avanço de 1,5% ao longo do ano.
Para aquacultura, pouco mais de 1,2 milhão de toneladas e 8,8% no 3º Tri 2024; e 1,76 milhão de toneladas e crescimento de 9% no ano.
Finalmente, no caso de cães e gatos, 3 milhões de toneladas e 3% no 3º Tri 2024; e 4 milhões de toneladas e avanço de 3,5% no ano.
SEGMENTAÇÃO – ALIMENTAÇÃO ANIMAL (milhões toneladas)
*Estimativa; **Previsão | Fonte: Sindirações
A Pesquisa Trimestral de Abates de Animais disponibilizada pelo IBGE em novembro, revelou as seguintes variações considerando os intervalos (janeiro a setembro/24 vs. janeiro a setembro/23) e (3º. Trimestre/24 vs. 2º. Trimestre/24):
- Peso Carcaças de Frangos, +1,4% e -1,4%;
- Produção de ovos, +9,2% e +2,0%;
- Quantidade de Suínos Abatidos, +1,2 e +2,9%;
- Peso Carcaças de Bovinos, +18,4% e +9,1%;
- Leite adquirido, +1,2% e +7,7%.
O custo da alimentação para frangos de corte, por exemplo, recuou 7,9% (média janeiro a setembro/24 vs. média janeiro a setembro/23; rações hipotéticas/Sindirações), sobretudo por conta dos preços do milho e da soja que recuaram, desde janeiro até setembro, mais de 7% e 4% respectivamente, apesar da valorização de 10% do dólar americano, moeda indexadora das aquisições dos insumos importados e que, inclusive, também influencia as transações domésticas e favorece a exportação dos grãos.
Importante salientar que o custo do farelo de soja continuou recuando até novembro, ao contrário do milho (17% mais caro que aquele praticado em setembro) e do dólar, cuja cotação superou a marca dos R$ 6,00.
MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA – ALIMENTAÇÃO ANIMAL (Apenas matérias-primas)
EVOLUÇÃO NA PRODUÇÃO RAÇÕES (milhões toneladas)
DISTRIBUIÇÃO CONSUMO RAÇÕES – ESTIMATIVA REGIONAL