Comissão Europeia altera regras para alimentação animal, a proibição até então vigente de adicionar farinhas animais à ração animal foi parcialmente revogada. A proposta aprovada em 18 de agosto permite a utilização de proteínas animais processadas na alimentação animal sob certas condições.
Dentre as mudanças destaca-se a liberação do uso de farinhas de aves e insetos na alimentação de suínos e farinhas de suínos e insetos são permitidas na alimentação de aves.
Também ocorreram mudanças na piscicultura. Foi autorizada a utilização de proteínas animais transformadas derivadas de insetos para a alimentação de animais de aquicultura.
Porém, é necessário controle rígido na coleta, transporte, processamento e armazenamento desses produtos a fim de evitar contaminação cruzada com proteínas de ruminantes proibidas e reciclagem intraespécies.
Gelatina e colágenos de ruminantes também podem ser adicionados à ração de não ruminantes. Estima-se que 100 000 toneladas de alimentos contendo colágeno de ruminantes e/ou gelatina são descartados anualmente na UE, uma vez que não poderiam ser utilizados na alimentação de animais de criação.
A normativa destaca a proibição da alimentação de animais terrestres de uma determinada espécie com proteína animal processada de animais da mesma espécie (reciclagem intraespécies). Essa medida também visa a redução do risco de EEB. |
Devido ao risco de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca” a proibição de farinhas animais na alimentação de ruminantes continua em vigor. A proibição total de farinhas de carne e ossos foi introduzida em 2001 durante a crise da EEB, quando a doença se espalhou por meio de rações.
A Comissão Europeia baseou a sua decisão em pareceres científicos da Autoridade Europeia para a Segurança e Alimentação. No início deste ano, tanto o Parlamento Europeu como os Estados-Membros europeus representados no Comité Permanente das Plantas, Animais, Alimentos e Rações já votaram a favor da proposta.
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