A estimativa da safra 2021/22, divulgada pela CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta para um crescimento na produção de grãos frente à temporada 2020/21. De acordo com o levantamento, o Brasil deve produzir um volume total de 284,4 milhões de toneladas, um incremento de 12,5% ou 32 milhões de toneladas. O destaque ficou por conta do algodão e da soja, com aumento de área semeada de 3,8%, e também para a safra do trigo, que foi encerrada com recorde de produção.
Atualmente, a produção total de milho, considerando a primeira, segunda e terceira safras, está estimada em 112,9 milhões de toneladas.
Com um crescimento de 3,8% na área e produção estimada de 140,5 milhões de toneladas, a soja mantém o país como o maior produtor mundial da oleaginosa.
No caso do trigo, a safra 2021 foi concluída e o volume total de produção é de 7,7 milhões de toneladas. O resultado final ficou acima do obtido na temporada passada, mesmo com as adversidades climáticas, com períodos prolongados de estiagem e a incidência de geadas registradas em parte do ciclo, que reduziram o potencial produtivo. No entanto, o bom incremento de área plantada, visualizado neste ano, favoreceu o desempenho da cultura.
Com relação ao clima, o mês de dezembro fechou o ano de 2021 com grandes volumes de chuva, chegando a ultrapassar a média em diversas regiões do Brasil.
Mercado
No âmbito do mercado externo, o destaque é a exportação de soja em grãos, o Brasil exportou 86,1 milhões de toneladas, superando o recorde observado para o ano de 2018.
Neste levantamento feito pela Conab, a estimativa para a soja é um novo recorde com exportações previstas em 89 milhões de toneladas.
Para o milho, espera-se fechar a safra 2020/21, no acumulado de fevereiro a janeiro, em 20,5 milhões de toneladas exportadas, contra 19,2 milhões de toneladas no último levantamento. Com isso, a previsão é que o ano-safra de milho feche com estoques finais de 8,8 milhões de toneladas.
Para a safra 2021/22, diante do aumento da produção e de uma moeda doméstica desvalorizada, a Conab estima que 36,7 milhões de toneladas serão exportadas. Por outro lado, para a safra 2021/22, a Companhia espera que o estoque final deverá ser de 9,6 milhões de toneladas, valor 8,7% superior ao esperado para a safra 2020/21, porém menor do que o último levantamento, considerando a redução da primeira safra de milho no ciclo 2021/22 divulgado neste levantamento.
Além disso, a Conab eleva sua projeção de importação de milho para 3,2 milhões de toneladas da safra 2020/21, e para 1,3 milhão de toneladas para a safra 2021/22, devido ao maior volume em desembaraço aduaneiro nos portos e a necessidade de abastecimento nacional, com a possibilidade da produção de milho durante a primeira safra de 2021/22 inferior ao esperado.
Quanto ao trigo, houve redução da estimativa de safra em relação ao último levantamento. A previsão é que os estoques de passagem fechem o ano em 280 mil toneladas, volume superior ao que foi observado na safra 2020/21, porém com redução em relação ao último levantamento, quando se previa a finalização do ano-safra com 410 mil toneladas de estoques de passagem.
Fonte: Ministério da Agricultura e Abastecimento
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