Vitaminas

A fundamental importância das vitaminas para a avicultura moderna

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Geovana Rocha Plácido

Engenheira de Alimentos, professora do Instituto Federal Goiano
Geovana Rocha Plácido

Sérgio Gonçalves Mota

Médico Veterinário, MBA em Gestão do Agronegócio
Sérgio Gonçalves Mota
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A fundamental importância das vitaminas para a avicultura moderna

As vitaminas são compostos orgânicos não sintetizados pelas aves, o que demanda que sejam incorporadas através da dieta. Elas são essenciais para o funcionamento de importantes processos bioquímicos, especialmente funcionando como catalisadoras de reações químicas.

Existem ainda as pró-vitaminas, substâncias a partir das quais o organismo é capaz de sintetizar vitaminas. Por exemplo: carotenos (pró-vitamina A) e esteróis (pró-vitamina D).

Conforme a sua solubilidade, as vitaminas são classificadas em:

  • Lipossolúveis: aquelas solúveis em gordura, o que é uma característica importante, pois permite seu armazenamento orgânico. Fazem parte deste grupo as vitaminas A, D, E e K.
  • Hidrossolúveis: São as vitaminas do complexo B e a vitamina C, solúveis em água. Já estas não podem ser armazenadas no organismo, sendo absorvidas e excretadas rapidamente.

Vitaminas Lipossolúveis

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Vitaminas Hidrossolúveis

As vitaminas do complexo B compreendem oito vitaminas, são elas:

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APLICAÇÕES DAS VITAMINAS FRENTE AOS MODERNOS DESAFIOS DA AVICULTURA

Um dos principais desafios para a avicultura nos trópicos é o controle de temperatura dos aviários. Situações relacionadas a alta temperatura ambiente durante as fases de crescimento e engorda desencadeiam uma série de reações denominadas por estresse calórico.

Existem diferentes mecanismos biológicos que reduzem o estresse térmico, por exemplo: respiração ofegante, sudorese e vasodilatação. Sob condições de estresse calórico, o consumo de ração e a atividade das aves são reduzidos (Figura 1).

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Elas passam mais tempo bebendo água, descansando e ofegando. A capacidade de controle térmico das aves é reduzida, sobretudo pelo fato de possuírem alta temperatura corporal (entre 41 e 42 ºC) e não disporem do mecanismo da sudorese, presente em outras espécies animais.

O estresse térmico também pode reduzir a digestibilidade de nutrientes, gordura e deposição de carne, reduzindo também a formação muscular das aves.

Também pode induzir alcalose respiratória e suprimir a função imunológica dos lotes de frangos de corte. Mas o que tudo isso tem haver com vitaminas?

Esse mesmo estresse térmico promove a redução da concentração corporal de vitaminas antioxidantes, como as vitaminas C, A e E. Também atua elevando a excreção de minerais fundamentais para a composição do plasma e a formação dos tecidos, levando a danos nas membranas celulares.

 

A Vitamina C, também chamada de ácido L-ascórbico, é um potente antioxidante, que geralmente é sintetizada no fígado e rins das aves.

Há um série de recomendações em literatura indicando sua suplementação para aliviar os efeitos do estresse calórico, assumindo que durante o estresse calórico as necessidades dessa vitamina podem ultrapassar a sua capacidade de síntese orgânica.

A atuação da vitamina C está relacionada à síntese de glóbulos brancos e, portanto, responde positivamente pela condição das aves.

Segundo diversos autores, a inclusão do ácido ascórbico na dieta pode melhorar as características da carcaça, garantir a formação de componentes do sangue e, sobretudo aliviar o impacto negativo no crescimento dos frangos criados sob estresse térmico.

Pesquisas demostraram que a adição da vitamina C à dieta melhoram o consumo de ração, o ganho de peso médio diário e a conversão alimentar.

Como um importante antioxidante lipossolúvel, a vitamina E revela exercer proteção contra o estresse oxidativo.

Um fator importante a ser observado é que ela não pode ser sintetizada pelas aves, e depende exclusivamente da suplementação alimentar. Segundo o NRC (1994), a recomendação de vitamina E na dieta para matrizes de corte é de 6 mg/kg.

Além de atuar como antioxidade, tem importantes papeis na produtividade de matrizes de corte, na qualidade do ovos, na eclosão e, principalmente, na qualidade dos pintinhos nascidos.

A vitamina E atua reduzindo o envelhecimento ovariano causado pelo estresse oxidativo, que é responsável pela diminuição da produtividade de matrizes poedeiras idosas.

Pesquisas demonstram que a suplementação dietética em matrizes tem efeitos positivos no aumento da capacidade antioxidante das gemas, bem como no aumento do desenvolvimento do embrião e dos pintos nascidos.

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Para estes pintinhos, que têm capacidade limitada de ingestão pela ração, a suplementação de vitamina E demonstra ser particularmente importante no crescimento, aumentando a taxa de ganho de peso inicial.

Outra ação importante desta vitamina está relacionada à proteção embrionária dos ovos na fase de pré incubação.

Sendo a vitamina E um forte protetor antioxidante, as posturas de aves suplementadas com ela demonstram melhor eclosão quando comparadas à controles sem suplementação. Isso tem um forte impacto na viabilidade de produção de pintos.

As vitaminas têm diversos papeis fundamentais à concepção e permanência da vida. Atuam de maneira complementar aos alimentos estruturais, favorecendo reações extremamente necessárias ao funcionamento orgânico.

A ciência tem avançado no sentido de promover aplicações concentradas, prevenindo ou corrigindo desvios e, sobretudo, elevando a produtividade dos plantéis.

 

Estes, por sua vez, frutos do desenvolvimento genético avançado, requerem cada vez mais dietas elaboradas para que possam expressar todo o seu potencial produtivo, características próprias de uma avicultura competitiva e sustentável.

Referências sob consulta

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