04 Mar 2022

Análise geral do mercado de sementes de milho – safra 2021/2022

As empresas de sementes de milho vêm apresentando ao longo dos anos avanços significativos em genética e biotecnologia e, consequentemente, têm aumentado a eficiência produtiva e qualitativa dos grãos, agregando assim valores a toda a cadeia do agronegócio do milho. Pode-se dizer que a escolha de uma semente com alta tecnologia embarcada define o nível técnico de uma lavoura, bem como o seu potencial produtivo.
A boa semente é capaz de mostrar para o produtor toda a trajetória da sua futura lavoura desde o momento do plantio até sua colheita. Por essa razão é comum dizer que, dependendo do nível de tecnologia de uma semente, o produtor terá uma lavoura de baixo, médio ou de alto nível tecnológico.
Portanto, a adoção de sementes de alta tecnologia, aliada a um manejo de plantas adequado e à dedicação do produtor, permitiu colocar o Brasil entre os três primeiros produtores e exportadores de milho do globo.

O gasto com a semente pode chegar a até 20% do valor das despesas de custeio de uma lavoura de milho. Por essas e outras razões, como região de cultivo, condições de solo e de clima, o produtor de milho sempre deve optar por uma semente certificada de qualidade, seja ela transgênica ou não.

Analisando o mercado de sementes considerando o levantamento de cultivares realizado anualmente pela Embrapa Milho e Sorgo, temos os seguintes dados. Na safra passada 98 novas cultivares foram disponibilizadas no mercado. Já para a safra 2021/2022, 259 cultivares estarão disponíveis, das quais algumas lançadas exclusivamente para a safra verão e inverno 2021/2022, bem como cultivares lançadas em safras anteriores, mas ainda demandadas pelo mercado em decorrência do alto nível de tecnologia e da facilidade de aquisição nas diversas regiões de cultivo.
Os híbridos simples são responsáveis por mais de 50% do mercado de milho no Brasil, tanto nesta quanto em safras anteriores. Nesta safra perfazem 50,19% do mercado; os triplos, 1,93%; os duplos, 1,16%; e as variedades são 2,70% do mercado.
Ainda está disponível uma inexpressiva percentagem de híbridos do tipo Top-Cross e sintéticos. Grande parte das empresas de sementes não informa qual é o tipo de híbrido lançado, o que representa 42,86% do total de cultivares em levantamento no período.
Em relação aos ciclos das cultivares, o ciclo precoce continua dominando o mercado de sementes, como em outras safras, seguido dos superprecoces e semiprecoces, respectivamente. Historicamente, o híbrido de milho de ciclo precoce tem sido o mais demandado pelos produtores, tanto na primeira quanto na segunda safra, razão pela qual ser o de maior representatividade no mercado.
As diversidades de colorações das sementes de milho são resultantes do acúmulo de pigmentos derivados de duas principais classes especializadas de metabólitos – carotenoides e antocianinas (uma classe de flavonoides).
O mercado e a indústria de processamento de milho no Brasil normalmente têm preferência pelo grão de cor alaranjada. Grande parte das cultivares atualmente desenvolvidas pelas indústrias sementeiras é de cor alaranjada, responsáveis por 35,13% do mercado, seguido pelo milho amarelo-alaranjado (com 22,39%) e, por último, o amarelo, com 12,35%.
Em relação à textura e ao formato dos grãos, o milho de textura semidura é o mais demandado pelo produtor, em razão de ser o mais procurado pela indústria de processamento dos grãos, por proporcionar maior rendimento na fabricação de alimentos derivados do cereal em geral. O milho de textura semidura representa 42,86% do mercado, seguido do semidentado, responsável por 23,55% das vendas.
De forma geral, o mercado de sementes de milho tem mostrado comportamento semelhante safra após safra, em relação às características das cultivares em função do mercado, às condições de clima e solo, e às necessidades das indústrias, que absorvem entre 60% e 80% do produto para a fabricação de ração animal, com exigências em relação a cor e a textura dos grãos.

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